Assis Ramos contou sobre a situação suspeita envolvendo policiais militares à disposição do Ministério Público do MA numa operação sem explicação em um sítio de sua propriedade
Em entrevista ao Jornal da Difusora 1ª Edição, o prefeito da segunda maior cidade do estado narrou que estava reunido com a família nesta quarta-feira (29) para uma missa junina em um sítio localizado na zona rural quando foi alertado pelo caseiro sobre a presença de homens em atitude suspeita dentro dos limites da prioridade.
Os três suspeitos estavam fazendo filmagens e fotos quando foram observados pelo funcionário do local. O prefeito, que é delegado de carreira, fez a abordagem dos indivíduos e registrou o momento em vídeo. (Veja ao final do post) De posse das identidades dos invasores, Assis Ramos fez indagações e identificou contradições nas explicações.
Incialmente, os elementos disseram estar no local a serviço da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA realizando uma espécie de pesquisa. A versão não se sustentou durante muito tempo, mesmo porque não apresentaram identidade funcional ou qualquer documento que comprovasse o vínculo com a instituição.
Em conversa com o titular deste site, Assis contou que a situação foi ficando cada vez mais tensa, e, por alguns momentos, ele temeu pela sua vida e de seus familiares, caso a situação descambasse para um confronto que resultasse em tiroteio.
Um dos elementos acabou revelando que trabalha no Ministério Público Estadual e apresentando uma carteira do órgão. Como estavam ali sem nenhuma ordem judicial, ou mandado, ou qualquer documento que justificasse legalmente alguma operação, Assis Ramos, recolheu os documentos de identidade dos elementos para posterior investigação.
Em pesquisa junto a um colega delegado, o prefeito constatou que se tratava de um trio de Policiais Militares lotados no Ministério Público Estadual.
Assis Ramos procurou, nesta quinta-feira (30), o chefe do Ministério Público do Maranhão, Eduardo Nicolau, para relatar o caso e buscar explicações. O procurador geral de Justiça disse que nada sabia, e que o prefeito fizesse uma representação na Justiça se quisesse alguma providência.
Assis se disse surpreso e decepcionado com a resposta de Eduardo Nicolau. Mas que vai levar o caso adiante, inclusive buscando explicações junto ao Comando da PMMA.
Veja um trecho da entrevista