Promotora do Consumidor sofre perseguição por atuar em caso dos ferry boats

Lítia Cavalcanti já teria sofrido, inclusive, uma tentativa, por parte da MOB, de afastamento do caso, além de que teria sido proibida de se manifestar sobre o assunto junto à imprensa

Os fatos envolvendo o caos no sistema de transporte aquaviário são públicos e notórios, sentidos na pele por quem precisa fazer uso do serviço de travessia dos ferry boats. São fatos inegáveis, ocupando todos os dias o noticiário.

Assim como também é inegável que se não fosse a atuação de parte da imprensa e a atuação da promotora Litia Cavalcanti, a situação estaria sendo colocada para debaixo do tapete pelo governo e pela autoridades marítimas, de forma intencional ou não.

E é exatamente por não conseguir se contrapor aos fatos que resta aos agentes do governo a tentativa de calar a promotora do Consumidor e afastá-la do caso, conforme já denunciou o deputado César Pires na tribuna da Assembleia.

Durante alguns dias, sequer declarações à imprensa foram dadas por Litia, levando a crer que ela teria recebido ordem ou orientação nesse sentido por parte da chefia do Ministério Público Estadual, sob comando de Eduardo Nicolau, Procurador-Geral de Justiça, que, por vezes, age como advogado do estado, em total contramão à atribuição de sua função.

Sem sucesso na tentativa de frear a atuação da promotora do Consumidor, a missão dos agentes do governo agora é atacá-la pessoalmente usando a atuação profissional do filho dela para tentar desqualificar seu trabalho como membro do MPMA, fazendo crer que há interesses pessoais escusos sobre o caso dos ferrys.

No entanto, apesar de figurar como principal promotora a atuar no caso, há outros promotores envolvidos, inclusive do Ministério Público Federal, que foi o responsável por recomendar a suspensão da operação do ferry José Humberto.

Necessário ainda ressaltar que a atuação de Litia tem se dado em ação contra todos os envolvidos, incluindo as empresas que sempre operaram o serviço, como a internacional Marítima e a Servi Porto, já suspensas.

A perseguição contra a promotora é um reflexo do incômodo causado por ela atuar fazendo o que o cargo exige: em favor do consumidor.

Quem não tem argumento contra a mensagem, prefere atacar o mensageiro.

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