Eleição do Senado tem, de fato, apenas 2 nomes disputando eleição no MA, e isso favorece o ex-governador
Ainda que tenha conseguido reunir o maior número de partidos em torno do seu nome, Roberto Rocha (PTB) não será páreo para Flávio Dino (PSB). Para o azar de Roberto, o contexto da disputa não lhe é favorável, em especial a polarização para o Senado deixou mais fácil a eleição para o ex-governador.
Não precisa ser um gênio para conseguir fazer a leitura de que, num estado onde a maioria dos eleitores rejeita Bolsonaro e declara voto em Lula, ter uma candidato a senador bolsonarista contra um candidato lulista, certamente dará vantagem ao segundo.
Roberto Rocha poderia assumir uma postura mais branda em relação ao presidente, mas seu comportamento ostensivamente bolsonarista afasta, por exemplo, os eleitores de esquerda – ou de centro esquerda – que não estão dispostos a votar em Flávio Dino.
E, certamente, sem uma terceira opção dentro de um espectro ideológico que consiga alcançar o eleitor que se decepcionou com Dino no “meio” do caminho de dois mandatos, esse eleitor tende a, mesmo assim, optar pelo ex-governador ou anular o voto, para não ter de escolher nenhum dos dois.
Se houvesse um candidato para “tirar” votos de Flávio na esquerda, facilitaria o caminho para Roberto. E esse é apenas um aspecto analisado aqui, sem entrar, por exemplo, na questão de histórico de Rocha, que, em face de alguns comportamentos e articulações dentro da política, lhe faz ser antipatizado por figuras importantes dos partidos que lhe apoiam. São políticos que poderiam lhe ajudar a vencer Flávio Dino, mas, que, agora, cruzam os braços.
Confiante de que terá a sorte que teve nas outras eleições que disputou, Roberto parece não fazer questão alguma de aparar essas arestas. Assim, perderá a eleição para Flávio Dino. Anote.