Você vai ler agora o que não foi contado pela polícia sobre a dinâmica do crime no Tech Office
A revelação de uma quarta pessoa envolvida na cena do assassinato de João Bosco, no dia 19 de agosto, em frente ao edifício Tech Office, foi feita em depoimento pela esposa da vítima, Eliza Maria. No entanto, a polícia não deu qualquer informação a respeito de quem seria o “rapaz careca” citado pela viúva.
Na verdade, essa pessoa parece estar sendo protegida por todos os outros envolvidos, inclusive pela polícia, que já sabe sua identidade. Este site teve acesso com exclusividade a imagens que mostram quem é o “rapaz careca” e sua movimentação na dinâmica do crime.
Nas imagens divulgadas até agora, que mostram a morte de João Bosco, é possível ver a presença de apenas 3 pessoas: a vítima, o assassino Gibson Cutrim e o vereador Beto Castro.
A seguir, vamos narrar os detalhes que antecederam o momento do assassinato, com a presença de uma quarta pessoa, o “rapaz careca”, alto, de porte físico atlético, vestindo uma calça de cor clara – branca ou cáqui -, uma camisa azul clara com mangas dobradas até metade do antebraço, e o que parece ser um sapatênis de cor um pouco mais escura. Logo, logo, revelaremos de quem se trata, e exibiremos as imagens.
Os vídeos os quais tivemos acesso mostram que Beto, Bosco e o “rapaz careca” estão juntos, em frente à lanchonete Tapioca da Ilha, em pé, conversando. O “rapaz careca” aparece à esquerda falando ao celular, Beto, ao meio, de braços cruzados, e Bosco do lado direito do vídeo também falando ao celular.
Cerca de 35 segundos depois, os 3 homens sentam em uma das mesas da lanchonete. Aos 52 segundos do vídeo, uma mulher, de calça, cabelo amarrado, com uma bolsa no ombro direito, surge de dentro do prédio, vai em direção ao “careca”, que levanta e lhe cumprimenta com um beijo na testa. Apesar de ficar fora de visão, em razão da localização da mesa atrás de uma coluna, a sombra no chão mostra o “rapaz careca” sentando novamente.
Com 1min. e 36s, aparece pela primeira vez em cena o assassino Gibson Cutrim, vindo andando pelo estacionamento e, nesse momento, aparece o braço do “rapaz careca” puxando uma cadeira da mesa ao lado para dar assento ao convidado, já que a lanchonete tem apenas 3 cadeiras por mesa.
Aos 2 minutos de vídeo, uma garçonete vai até à mesa, entrega o cardápio e sai. A partir daí, Gibson, Bosco e o “rapaz careca” permanecem por mais 2 minutos conversando, até que surge um homem de terno escuro saindo do edifício Tech Office em direção à mesa. Exatamente aos 4min. e 05 segundos de vídeo, o “rapaz careca” se levanta, cumprimenta o homem de terno, põe a mão em seu ombro e se afasta cerca de dois a três metros da mesa, para perto de uma coluna redonda. 20 segundos depois, os outros homens – Bosco, Beto e Gibson – se levantam da mesa, mas continuam conversando.
Aos 5min. e 50s de vídeo, começa a movimentação que culminaria com o assassinato de Bosco. Nesse momento, o “rapaz careca” e o homem de terno caminham em direção à entrada do prédio; Gibson Cutrim tenta se afastar de Beto e Bosco.
Exatamente aos 6 minutos do vídeo em nossa posse, o “rapaz careca” não aparece mais no ângulo de visão da câmera. Bosco e Beto saem atrás de Gibson que já se encontra exatamente a 8 passos de distância. A vítima e o vereador apressam o passo para alcançá-lo. O resto da história já é conhecida de todos.
Ambos discutem próximo a uma coluna, Beto Castro tenta conduzi-lo de volta ao local onde conversavam, enquanto Bosco vem mais atrás. Gibson saca a pistola, se vira em direção a Bosco e faz os disparos. Beto corre, a vítima sangra no chão, o assassino vai embora sem correr, olhando para o homem caído.
Até o momento, a polícia não deu nenhuma informação sobre esse quarto elemento na cena do crime. Há muitas perguntas sem respostas, e os delegados envolvidos na investigação foram proibidos de falar com a imprensa. Por quê?
Por que, por exemplo, a polícia não interrogou o “rapaz careca” que estava exatamente no local desde antes da chegada do assassino? Por que não revela sua identidade?
A polícia viu as imagens que temos em mãos, assim como a viúva também. No entanto, o “rapaz careca” só é citado, até onde se sabe, no depoimento da viúva. Por que a polícia está protegendo o “rapaz careca”?
O CASO E A PROPINA
João Bosco foi assassinado no dia 19 de agosto, em frente ao edifício Tech Office, na Ponta D’Areia por estar dando pressão em Gibson Cutrim, por causa de uma propina em troca de um pagamento feito pela Secretaria de Educação do governo Brandão.
O valor de quase R$ 800 mil estava em “restos a pagar” desde 2014, ainda de governo anterior ao governo Dino. No entanto, Gibson foi procurado por um advogado de nome Jean para tentar intermediar o recebimento do dinheiro no governo Brandão.
O vereador Beto Castro foi procurado para intervir junto ao governo para a liberação do pagamento em troca de uma comissão, que começou em 20%, depois 30% e chegou até 50%.
Milagrosamente, o pagamento foi realizado de modo relâmpago, mesmo com a empresa sequer estando apta. A partir da liberação do dinheiro, Gibson passou a ser pressionado a realizar o pagamento de propina. E Bosco estaria agindo como cobrador de Beto Castro, pressionando e até ameaçando a família do assassino.
Essas são informações que constam em depoimentos prestados à polícia, que considera o assassinato elucidado e não mais fala sobre o caso. No entanto, há ainda muito a ser investigado e revelado.
Qual pessoa agiu para a liberação do pagamento dentro da Seduc?
Quem é o “rapaz careca”?
O que fazia na mesa com Beto, Bosco e Gibson?
Seria ele o agente mais influente em toda essa história e, por isso, estaria sendo protegido?
Faria parte do governo o “rapaz careca”, alto de porte físico atlético, bem vestido e apessoado?