Imprensa governista publicou que o assassino de João Bosco sofreu violação de Direitos Humanos na penitenciária
Segundo publicação de um blog ligado ao governo e à campanha do governador-tampão Carlos Brandão, Gilbson Cutrim, assassino confesso do empresário João Bosco, “foi torturado dentro da cadeia para citar o nome de Daniel Itapary Brandão – sobrinho do governador do Maranhão” .
A informação desse blog vai alem e diz que “ao executor, também foi prometido, ainda dentro da prisão, vantagens para ele citar o nome de “Daniel””.
Por trás da postagem desse blog governista há uma tentativa de desqualificar o trabalho de uma equipe de jornalistas que têm investigado o caso da morte de João Bosco, ligada à cobrança de uma dívida oriunda de pagamento de propina dentro da Secretaria de Educação do Maranhão.
Imagens mostram a presença do sobrinho do governador e secretário de estado, Daniel Brandão, que se reuniu no dia do crime com vítima, assassino e o vereador Beto Castro, na mesma mesa, para discutir o assunto que resultou no assassinato.
Daniel também é citado em depoimentos, o que, portanto, deixa completamento sem sentido a informação de que o assassino precisaria ser torturado ou receber oferta qualquer para citar o nome do sobrinho do governador.
De todo modo, tais informações do blog governista colocam em envolvimento no caso agora mais uma secretaria de governo, a SEAP, além da SEDUC, origem da propina, e da SEMAG, onde o título é Daniel Brandão.
Um cidadão quando está preso, passa a ser responsabilidade do governo e está sob custódia do Estado, que passa a responder por sua integridade física. Então, agora o Governo do Maranhão, através da Secretaria de Administração Penitenciária – SEAP tem a obrigação de dar respostas a respeito dessa acusação.
Houve tortura? Quem torturou? Foi feito algum registro oficial ou aberta alguma sindicância? Os torturadores serão investigados? O advogado de Gilbson registrou tal fato?
Entramos em contato com o secretário Murilo Andrade, por telefone e por mensagens. Ele orientou a falar com a assessoria da SEAP, que empurrou o assunto para a Secretaria de Comunicação do Governo, que não respondeu à nossa solicitação.