Nomeado em novembro de 2021 por Felipe Camarão, João Bosco numa foi exonerado e recebeu salário no mês e que foi morto
O consórcio de imprensa que investiga de maneira independente o assassinato de João Bosco chegou a mais uma importante informação: a vítima exercia cargo comissionado na própria secretaria de Educação, origem do pagamento que gerou a propina que determinou o assassinato.
Bosco foi morto a tiros por Gilbson Cutrim, no dia 19 de agosto, em frente ao edifício Tech Office, segundos após uma reunião que contou com a presença do vereador Beto Castro e do secretário de estado Daniel Brandão, sobrinho do governador.
Já sabíamos que as relações entre todos os envolvidos existia mesmo antes daquele dia que culminou com a morte de Bosco.
Agora, mais um capítulo dessa teia de relações políticas veio à tona em publicação no blog do jornalista Marco D’Eça. João Bosco era funcionário público, nomeado ainda no governo Dino pelo então secretário de Educação, Felipe Camarão, hoje candidato a vice na chapa do governador-tampão, Carlos Brandão, ambos escolhas pessoais de Flávio Dino para concorrer na eleição de governador.
João Bosco também participou de atos de campanha de Brandão, dividindo o palco com Dino, Camarão e Beto Castro.
Em depoimento, o assassinato confesso Gilbson Cutrim contou que matou João Bosco por estar sendo ameaçado para pagar propina de 50% de um valor de R$ 778 mil da Seduc. Contou ainda que foi chamado por telefone para o local do crime pelo “amigo em comum” Daniel Itapary Brandão.
Com as novas revelações de que Bosco era servidor público da Seduc, agora não apenas Brandão tem explicações a dar sobre o episódio que envolve um secretário de seu governo, como também o ex-governador Flávio Dino e seu então secretário de Educação.
Mas, o que impera ainda é o silêncio.