Assassino de Bosco é dono de jornal que recebe dinheiro do governo e faz campanha pra Brandão

Gilbson César Cutrim figura como sócio do Jornal Itaqui Bacanga, que tem relações de negócio com o governo

Cada vez ficam mais claras as relações entre os 4 envolvidos na trama de corrupção envolvendo propina oriunda de pagamento da Secretaria de Educação – Seduc e um Assassinato. Tanto as relações entre si, quanto com o governo do Maranhão.

O assassino confesso, Gilbson César Cutrim, que executou o empresário e servidor da Seduc, João Bosco, é dono do jornal Itaqui Bacanga, que mantém relações de negócio com o governo desde a gestão de Flávio Dino.

Quadro societário do jornal

Gilbson figura no quadro societário do jornal que tem como nome empresarial Gráfica e Editora Cutrim LTDA.

A versão online do periódico exibe banner com propaganda do governo, e também faz matérias em apoio à candidatura à reeleição de Carlos Brandão e Flávio Dino, ambos do PSB.

Propaganda do governo veiculada no jornal do assassino
Matérias de apoio a Brandão e Dino publicadas diariamente

O governo do estado paga para empresa do assassino mensalmente uma gorda quantia a partir da Secretaria de Comunicação, comandado pelo carioca Ricardo Cappelli desde o governo Dino.

A relação entre o governo e o jornal Itaqui Bacanga, de sociedade de Gilbson Cutrim, é pública e exibida com orgulho nas redes sociais da empresa.

Cappeli recebe visita do pai do assassino – Postagem da rede social da jornal

O CASO

Gilbson César Cutrim, dono do Jornal Itaqui Bacanga, assassinou a tiros o empresário e servidor da Seduc João Bosco sobrinho no dia 19 de agosto, em frente ao edifício Tech Office, na Ponta D’Areia, em São Luís.

No dia do crime, estavam reunidos, além de Gilbson e Bosco, o vereador Beto Castro e o “amigo em comum” Daniel Itapary Brandão, secretário de governo e sobrinho do governador Carlos Brandão.

Os 4 estavam discutindo sobre um pagamento oriundo da Secretaria de Educação do Governo Brandão que gerou um pedido de propina de 50%. Houve um desentendimento entre as partes que acabou no assassinato de Bosco.

A polícia tentou encerrar o caso apenas como um homicídio por conta de cobrança de dívida. Mas um consórcio de imprensa tem ido a fundo e exposto as relações políticas e de negócios entre os 4 envolvidos, tanto entre si, quando com o governo do estado e políticos que concorrem nas eleições deste ano.

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