Último debate antes das eleições de domingo foi marcado principalmente pela boa desenvoltura do candidato pedetista e participação morna de Brandão
Weverton foi propositivo, evitou focar e cair em provocações, soube aproveitar seu primeiro embate com Lahésio para desmentir algumas falas do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, como a mentira sobre abrir mão de salário para construção de casas ou sobre pagamento de salários extras a professores.
Foi provocado por Edivaldo com relação ao caso Costa Rodrigues por duas vezes, mas se saiu bem ao lembrar que foi o primeiro candidato a ter candidatura aceita na Justiça Eleitoral, o que só é possível se for ficha limpa.
E lembrou que o processo sobre o Costa Rodrigues não existe mais, foi extinto pela Justiça, inclusive tendo sido noticiado no Jornal Nacional. Com a insistência de Edivaldo no tema, Weverton lembrou Edivaldo sobre um processo em andamento contra o ex-prefeito de São Luís e sobre as creches que Edivaldo deixou de construir.
Weverton mostrou preparo e domínio sobre todos os temas tratados, falou de maneira clara e foi quem mais soube aproveitar o tempo para falar sobre suas propostas e saiu maior do debate.
Tivemos hoje um Brandão nervoso que começou se perdendo e gaguejando muito na primeira participação com uma pergunta de Simplício Araújo.
Depois parece ter ficado um pouco mais à vontade no debate. Entretanto, não conseguiu transmitir firmeza na fala, e precisou sempre recorrer aos feitos de Flávio Dino como se fossem seus, sem demonstrar conhecimento de fato. Bem treinado num intensivão com marqueteiros nestes últimos dois dias, dá pra dizer que Brandão conseguiu sobreviver, e mal.
Brandão só não foi pior do que Enilton Rodrigues. Com um discurso genérico e sem propostas objetivas, o candidato do Psol apenas repetiu o pífio desempenho de todas as suas participações em debates, sabatinas e entrevistas, nacionalizando os temas. Enilton manteve postura passiva em relação a Brandão, e sequer respondeu quando perguntado por Lahésio sobre o caso João Bosco. Já era de se esperar tal comportamento, afinal até participar de eventos de Brandão, Enilton já participou.
Lahésio foi o único que teve coragem de jogar no debate o assunto referente à participação do sobrinho do governador na cena de um assassinato ligado a um pedido de propina sobre liberação de um dinheiro na Seduc de Brandão. Quando entrou nesse tema, Lahésio teve seus melhores momentos. No restante do debate foi o Lahésio de sempre.
Simplicio Araújo manteve foco nas propostas que visam a geração de emprego, mas também tocou nas feridas de todos os candidatos, mostrando total independência. Preparado e bem articulado, repetiu a boa desenvoltura de outros debates.
Edivaldo Holanda Jr. manteve um tom muito alto, parecendo às vezes até descontrolado. Repetiu repostas, repetiu perguntas, e manteve algumas frases de efeito como mantras, assim como tem feito desde o início da campanha. O tom de Edivaldo é de desespero, já prevendo que vai terminar a eleição atrás de Lahésio.