Divulgada nesta sexta-feira (14), Datafolha tem margem de erro de 2 pontos e mostra cenário inalterado em relação à pesquisa anterior
A quinze dias da eleição, Luis Inácio Lula da Silva (PT) permanece à frente de Jair Messias Bolsonaro (PL) na disputa pela Presidência da República, segundo aponta pesquisa Datafolha com levantamento realizado nos dias 13 e 14 de outubro.
Encomendada pela TV Globo e pelo Jornal Folha de São Paulo, a pesquisa mostra Lula com 49% das intenções de voto contra 44% de Bolsonaro. O petista permanece 5 pontos percentuais à frente do presidente, como na última pesquisa do dia 7 de setembro.
Esse cenário de estabilidade favorece o candidato do PT, que consegue manter-se à frente do candidato do PL, apesar de todos os acontecimentos envolvendo as duas campanhas e das declarações de apoio de ambos os lados.
Para vencer a eleição, Lula precisaria apenas manter essa vantagem até o dia 30 de outubro. Transformados em votos válidos, Bolsonaro, segundo a Datafolha, tem 47% e o ex-presidente tem 53%, 6 pontos de diferença.
Apesar de, numericamente, a diferença estar acima da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos para mais ou para menos, é preciso compreender que 5 ou 6 pontos percentuais entre um candidato e outro mostra uma disputa acirrada.
Na matemática eleitoral, Bolsonaro não precisa buscar 6 pontos percentuais para alcançar Lula, e sim apenas 3 pontos, pois a conta é feita da seguinte forma: para cada ponto que um candidato sobe, ou outro cai um ponto.
De modo que o candidato que aparece com 53% enquanto o outro tem 47%, à medida que o segundo colocado avançar para 48% o primeiro passa a ter 52%, domínio a vantagem de 6 para 4 pontos percentuais, em termos de votos válidos apresentados na pesquisa.
A dificuldade para Bolsonaro, no cenário apontado nas últimas pesquisas, é que o percentual de Lula se mostra cristalizado, ou seja, com pouquíssima chance de mudança na intenção do eleitor lulista.
Restaria a Bolsonaro avançar sobre os eleitores ainda indecisos, que somam 6% na pesquisa. De todo modo, seria necessário um acontecimento muito incomum nos próximos dias para permitir uma mudança de cenário que favoreça o atual presidente.
Ainda assim, é preciso considerar também que o acirramento da disputa com uma diferença tão próxima torna qualquer previsão imprevisível. Nesses próximos 15 dias muita coisa ainda pode acontecer.
Foram entrevistadas 2.898 pessoas em 180 municípios entre os dias 13 e 14 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-01682/2022.