Ao responder questionamento sobre situação dos estabelecimentos, tanto o secretário quanto seu adjunto admitiram o problema
Após a imprensa informar sobre o fechamento repentino de Restaurantes Populares em vários municípios logo após o fim da eleição no primeiro turno, o Governo do Maranhão foi procurado via Secretaria de Comunicação pra dar esclarecimentos, mas, não respondeu aos inúmeros pedidos.
Em vez disso, servidores públicos e agentes do governo partiram para tentar desqualificar as informações dos jornalistas, com comentários de que isso não passaria de fake news.
No entanto, nesta quarta-feira (19), o próprio secretário de Estado de Desenvolvimento Social (SEDES), Paulo Casé, responsável pelos Restaurantes, mesmo que forma evasiva respondeu o questionamento do jornalista John Cutrim via WhatsApp e admitiu o fechamento de várias unidades dos Restaurantes Populares.
Casé respondeu que não havia mais problemas e disse: “Tivemos problemas com um único fornecedor, mas já foi equacionado e todos RPs [restaurantes] retomaram funcionamento”.
O secretário também acabou por confirmar o número que havíamos informado de estabelecimentos fechados ao “enfatizar que mais de 90% da rede continuou em operação e pleno funcionamento”. O número citado por nós nas matérias é mais ou menos 10% do total de equipamentos existentes.
Quem também confirmou as informações a outro jornalista foi o secretário adjunto da SEDES, Lívio Corrêa, que afirmou ser um único fornecedor que é responsável por 17 restaurantes que deu problema. Disse, no entanto, que todos já foram restabelecidos e o programa segue normalmente.
Não tão “normalmente” assim, pois os relatos são de que a quantidade de comida diminuiu, não há mais distribuição de senhas como antes e agora tem o impedimento de levar quentinha pra casa, o consumo só está permitido dentro do restaurante, conforme anúncio afixado no restaurante da cidade de São Bento, que reabriu na manhã desta quarta. Veja:
Além disso, encaminhamos questionamentos sobre outros problemas envolvendo os Restaurantes Populares, como atraso de pagamentos de salários, retirada de equipamentos, restrição de atendimento, falta de café da manhã e jantar em algumas unidades e sobre a promessa de servir feijoada e mocotó.
Até o fechamento desta matéria, não obtivemos resposta do secretário.