A CPI encerrou com um relatório propondo revisão dos contratos e alguns indiciamentos
Em 15 de julho de 2022, a Câmara Municipal de São Luís informou que o relatório final de cerca de 200 páginas da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Transportes Públicos foi entregue ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Maranhão e ao Ministério Público Estadual. De la pra cá, o que aconteceu? Ao que se sabe, nada.
Mas o que propõe o documento? Propõe a revisão da licitação do sistema e, pelo menos, dois indiciamentos, um deles do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr., que, segundo a CPI teria sido omisso e conivente com erros e equívocos na concessão das linhas de ônibus.
O outro a ser indicado é Manoel Cruz, proprietário da Consult Trans, que será uma espécie de ‘braço’ da Secretaria de Trânsito e Transporte, tomando as decisões finais no que se refere ao transporte público da cidade. Sim. Um empresário que exerce o direito num contrato de cerca de R$ 1,3 milhão ao ano com a prefeitura é quem mandaria, de fato, no sistema, segundo a CPI.
Há também uma recomendação para que o atual prefeito, Eduardo Braide,ande apurar as falhas na prestação dos serviços na capital, faça auditora nas contas dos consórcios e intervenha para garantir a continuidade dos serviços.
Até agora, nada de concreto aconteceu. Por isso o vereador Marcelo Poeta (PC do B) propôs um painel na Câmara Municipal de São Luís para discutir o relatório e não permitir que o assunto morra sem providências. O vereador aguarda apenas disponibilidade de data pelo cerimonial da casa legislativa.