Desde criança a gente aprende que mentir é feio, né? Mas, há mentiras que não são apenas feias. Mentir para a Justiça Eleitoral na prestação de contas de campanha, por exemplo, é crime.
Em mais uma reportagem sobre o ministro das Comunicações do Governo Lula, o jornal Estadão revela que o deputado maranhense Juscelino Filho apresentou informações falsas à Justiça Eleitoral sobre 23 supostas viagens de helicóptero, que custaram 385 mil reais de dinheiro público em sua campanha eleitoral de 2022.
Um relatório de voo inserido na prestação de contas do deputado informa os nomes de Daniel Pinheiro de Andrade, sua esposa Angela Camargo Alonso e da filha do casal, uma criança de 10 anos de idade. Eles aparecem como se fossem cabos eleitorais que voaram de helicóptero pelos céus do Maranhão com empresa Rotorfly, um dos destinos, inclusive, seria a fazenda do deputado que recebeu uma Fazenda Alegria, de propriedade de Juscelino, na cidade de Vitorino Freire, que recebeu asfaltamento de uma estrada paga com dinheiro do orçamento destinada pelo deputado.
Segundo a prestação de contas, todos os supostos voos foram feitos em prol da campanha eleitoral e que os nomes no relatório de voo prestaram serviços na campanha.
No entanto, o empresário Daniel Andrade desmentiu o deputado, com quem alega não ter vínculo algum, e que sequer voou para o Maranhão com a empresa Rotorfly. O voo que fez com a empresa foi de São Paulo para Campos do Jordão, por isso, há um documento registrado com o nome de sua família, que nada tem a ver com a campanha de Juscelino.
Com características de fraude, o caso pode ser interpretado como falsidade ideológica, que tem pena de prisão. Pode também estar encobrindo caixa 2 em campanha. E tudo isso pode resultar até em perda de mandato do deputado federal maranhense.
Ela a reportagem em vídeo: