Herança maldita
A imprensa alinhada aos Leões colocou em prática narrativa contra o ex-governador Flávio Dino (PSB) para tentar tirar das costas do atual governador a responsabilidade de problemas enfrentados pelo governo. Orientados a poupar o chefe do executivo estadual, os jornalistas alinhados apontam para o governo Dino. Só não podem esquecer que o tempo todo Brandão fez parte do governo, tá?
Controle
Gostem ou não do ex-governador, não se pode negar que Dino sempre teve as rédeas do governo nas mãos. O ex-governador conseguia manter, no mínimo, sob controle os problemas ainda não solucionados. Ao passar o bastão para Carlos Brandão, parece que a barreira que continha os problemas se desfez e uma enxurrada se abateu sobre o governo.
Herança
Servidores do estado ficaram sem reajuste durante os dois mandatos de Dino e cabe ao governador Brandão, agora, lidar com essa situação; Delegados e policiais civis começam a engrossar o discurso em busca de melhores salários e condições de trabalho; Violência explodiu nos últimos dias como só se viu no governo Roseana Sarney, com a capital registrando um dos finais de semana mais violentos dos últimos anos.
Falando nisso
Lua de mel
Eleito em 1º turno, Brandão já havia assumido como governador tampão, em razão da desincompatibilização de Dino, em abril de 2022. Engessado pela estrutura dinista, não havia muito como dar sua própria cara ao governo. No entanto, passados 6 meses de um governo só seu, Brandão vê chegando ao fim a lua de mel, e a realidade, dura e inevitável, se apresenta. Habilidoso na articulação política, tendo conseguido neutralizar as vozes dissonantes, Brandão agora precisa mostrar competência para governar, de fato.
Lua de sangue
Assaltos todos os dias em cada canto da Capital maranhense; sequestros de motoristas de aplicativos; comerciantes e trabalhadores amedrontados; ninguém é poupado; essa tem sido a realidade na Região da Grande Ilha de São Luís, que enfrenta uma onda de violência sob o governo Brandão, que, até agora, apenas se preocupou em apresentar números. Sem ação concreta, a coisa tende a piorar.
Campeão
Se é para apresentar números, talvez um dado importante sirva para entender que o caos na segurança pública depende dele: o investimento nessa área foi reduzido em mais de 10% nos últimos 4 anos. O Maranhão é dono de mais um troféu da vergonha como o estado com o menor investimento per capita em segurança pública do país, segundo o Anuário Brasileiro da Segurança Pública.
Rendido
O presidente Lula está com os quatro pneus arreados para o Centrão. Com o pretexto de manter a governabilidade, o petista enche o governo de bolsonaristas, descarta quadros importantes do PT e governa com aqueles os quais dizia combater. Vai dar merda e a militância petista aguerrida será, então, chamada para segurar as pontas das contradições políticas.
Comunistas
Da bancada maranhense, os deputados federais Rubens Jr. (PT) e Márcio Jerry (PCdoB) são os campeões de gastos de dinheiro do contribuinte em 6 meses de mandato. Segundo dados oficiais, a Câmara Federal acumula em 1 semestre um gasto superior a R$ 79 milhões em verbas da cota parlamentar. Somente Rubens jr. e Márcio Jerry receberam meio milhão de reais para além do gordo salário de deputado. Parabéns ao campeão e vice-campeão de embolsamento de dinheiro público do Maranhão. Os eleitores estão com orgulho dessa mamata.
O antipático
Sempre bem humorado, simpático e debochado em público, o ministro da Justiça não mantém essa carapaça em suas relações políticas fora dos olhos do público. Conhecido pela classe política no Maranhão sem essa pele de cordeiro, agora somente, com a convivência do dia a dia em Brasília, que os atores da política nacional passaram a conhecer o verdadeiro Dino. O “professor de Deus” conquistou, em 6 meses, a antipatia geral dos colegas na Esplanada dos Ministérios. Como uma bola de boliche, quando Dino chega, a pilha de pinos se desfaz. Espaçoso e com síndrome do protagonismo, Dino se mete em questões de outros ministérios que não são de sua alçada. Apesar da antipatia dos colegas, é o ministro com mais prestígio do presidente.
A pedra
No meio do caminho tinha uma pedra; tinha uma pedra no meio do caminho. Dino é visto como um atrapalho também nos planos do PT de Lula para o futuro. São fortes as movimentações para tentar fazer com que Dino vá para o STF e deixe de atentar a vida e os planos políticos do PT.
Imagem da semana
Queixo
Quem é o radialista e promotor de eventos que deu uma queixada num amigo em um restaurante na praia? O cara já estava em companhia de uma pessoa para quem deu carona e encontrou com outra pessoa conhecida. Logo, convidou os dois a sentarem juntos, comeram e beberam à vontade. O radialista se levantou e avisou que iria ao banheiro. Saiu falando ao telefone e não voltou mais. Quando o amigo procurou pelo radialista, alguém do restaurante informou que ele já havia atravessado a rua, pegou o carro e foi embora. Deixou a conta pro outro pagar.
Malvado favorito
Em busca de um líder pra chamar de seu, o deputado Neto Evangelista abandonou de vez o senador Weverton Rocha após caminharem juntos nas últimas eleições. Evangelista agora enche a boca pra dizer “meu líder é Brandão”. Contagem regressiva até aparecer um novo líder.
Cadê?
Sumido depois da derrota nas eleições de 2022, o senador Weverton Rocha perdeu toda sua liderança? Ou nunca foi de fato líder de grupo nenhum? Fato é que seu próprio partido, o PDT, perdeu o protagonismo que tinha na Capital maranhense, e, nem de longe, é aquele partido dos tempos de Jackson Lago. Cobrado pela militância, inclusive publicamente por “históricos” do partido, Weverton silencia e deixa o PDT à deriva.
Receita
Tem político que conseguiu entrar na política metendo o pé na porta. Se assim não fosse, talvez não tivesse conseguido. E como deu certo, agora ele acha que precisa continuar agindo assim. Calma, veloz. A receita não é a mesma depois que se entra. Se não tiver cuidado, esse comportamento só vai servir pra quebrar os móveis dentro da sala. Agora que entrou, procure um lugar pra sentar, deixa de ser doido. Tá colocando a carroça na frente dos bois o tempo todo. Parece que tá dando certo, mas só parece.
Esconde esconde
Questão levantada por esta coluna sobre a real necessidade de um elevado na avenida dos Holandeses enquanto há vários bairros realmente precisando de intervenção de mobilidade virou um protesto real na placa da obra. “Precisamos de uma ponte urgente na área Itaqui-Bacanga, Sr. governador”, dizia a mensagem escrita, que foi rapidamente “apagada”. Veja:
Esconde esconde 2
Na internet, as manifestações não puderem ser escondidas:
Inveja?
O Colunaço ouviu de alguém uma tese interessante. De que o anúncio do elevado na Holandeses seria uma forma de não deixar que o prefeito de São Luís fique apenas para si com o bônus das obras na avenida. Por isso, inventaram uma obra “maior” para tentar “roubar” o protagonismo do prefeito. Será?
Sem trabalho
Alguém já se perguntou por que todo dia um maranhense é resgatado da condição de trabalho análogo à escravidão em alguma parte do país? Toda vez que trabalhadores nessas condições são resgatados, quando se pergunta a origem, é raro não ter no grupo pelo menos dois que respondam ser do Maranhão. Por que será, né?
Pra finalizar
Não se pode comparar pesquisas de institutos diferentes, tá? Mas, quem tá fazendo isso já sabe. Mesmo assim faz. Tem lá suas razões.