Mistério
O que há em 3 caixas deixadas no gabinete da senadora Eliziane Gama, no Senado, em Brasília, na última quarta-feira (11). Sem sequer abrir os pacotes, Gama acionou a Polícia Federal para recolher os volumes. Ainda não há informações sobre o conteúdo dos pacotes suspeitos.
Lua de fel
Fim da lua de mel política do governador Carlos Brandão. O Cappêta já havia previsto que este momento chegaria. Com o estado quebrado, o governador sofre pressões de funcionários públicos, prefeitos e lideranças por onde tem passado. De torneira fechada na Comunicação, antigos aliados na imprensa dão de ombros para as “pautas positivas” do governo fabricadas nos porões dos Leões. Sem coragem de arcar com os ônus de ações negativas, o governador passa a bola para o vice. E, assim, segue o Maranhão no pós-Dino.
Falando nisso
O sobrinho de Brandão indicado para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas pelo titio teve anulada a sua ida para o TCE pelo Juiz Douglas Martins. Aprovado pela Assembleia Legislativa, o “rapaz careca” Daniel Brandão foi alçado ao cargo vitalício num procedimento que durou menos de 24h. Tempo recorde também foi a anulação da decisão do juiz Douglas. Antes de 48h, o desembargador do TJ-MA Jânio Gedeon garantiu que se tornasse sem efeito a sentença de Douglas.
Sem unanimidade
É errada a informação dada por alguns blogs e veículos de imprensa de que Daniel, sobrinho de Brandão, teve unanimidade na Assembleia Legislativa na aprovação de seu nome para o TCE no início do ano. O deputado Fernando Braide foi a posição dissonante na votação. O único, na verdade, que não votou a favor de Daniel. Apesar de bem relacionado com o governador e da proximidade com a preveniste da Casa, Fernando não cedeu suas convicções à boiada.
Guerra fria
A foice e o martelo estão voltados contra o governador do Maranhão, Carlos Brandão. As armas, no entanto, podem estar camufladas, e, apesar dos sinais, a guerra é não declarada entre a turma do Brandão e a turma de Dino. Muita gente interpretou a decisão do Juiz Douglas Martins contra o sobrinho do governador como algo com a digital de Flávio Dino. O deputado Dr. Yglesio assim se manifestou publicamente, pondo a decisão sob essa suspeição. O juiz é “amigo” de Dino e foi alçado à uma posição na esfera federal sob tutela do Ministério da Justiça.
Guerra fria II
Reportagem do site Metrópoles destaca festival de nepotismo no governo Brandão. Assunto até então contido nas fronteiras maranhenses, ganhou destaque a partir da matéria assinada pelo jornalista Guilherme Amado os empregos de 10 parente do governador pagos com dinheiro do contribuinte maranhense. O tiro partiu do portal onde trabalha o irmão de Ricardo Cappeli, que é o “cachorro” de Flávio Dino. Paulo Cappeli trabalha no Metrópoles, mas não é ele quem assina a matéria. O leitor do Cappêta pode ficar à vontade para julgar os fatos.
Falando no rabo…
Ricardo Cappeli se movimenta com as bençãos de Dino para tentar ser emplacado no lugar do chefe, que pode deixar se ser ministro da Justiça para ser ministro do STF. Com influência$ na mídia nacional, O carioca caloteiro perseguidor de políticos e jornalistas maranhenses tem cavado espaço para dar entrevistas e parecer ser o que não é: competente. Jabuti no alto da árvore ou foi enchente ou mão de gente. Nem sempre as posições mais altas são alcançadas por gente competente.
“Vi ainda debaixo do sol que os mais rápidos nem sempre ganham a corrida, que os mais fortes nem sempre vencem a batalha, que os sábios nem sempre têm pão, que os prudentes nem sempre têm riqueza, que os inteligentes nem sempre são honrados, mas que tudo depende do tempo e do acaso.”
Eclesiastes 9, verso 11
Não deu certo?
O vereador Paulo Victor buscou ser cuidadoso com as palavras ao declinar do desejo de concorrer à prefeitura de São Luís. Após apenas 5 meses depois de ter deixado a Secretaria de Cultura e voltado para a Câmara com um forte discurso de pré-candidato, PV recuou. É certo que, cuidadoso que foi, não externou os reais motivos. Mas, a verdade é que Paulo estava remando sozinho, praticamente gritando por “ajuda”. Fez todos os movimentos, gestos, sinais e fora ignorado. Diplomático, o vereador jamais tornaria isso público. No entanto, o Colunaço entende que PV sofre a injustiça do Sistema.
Que sistema?
Um sistema que não enxerga gente preta, pobre, da periferia, filho de gente comum, com trajetória de vida emergente, como iguais. Um sistema que trabalha na mente do eleitor o desejo por um político “padrão”. Vide o perfil de prefeitos eleitos e aqueles que mais perto chegam de disputar com chances de vitória a prefeitura de São Luís. O perfil de PV está num espectro diferente de Edivaldo Holanda Jr., de Duarte Jr. de Eduardo Braide, de Neto Evangelista… Tanto a classe política não enxerga (de fato) PV como um dos seus, como o eleitor só se sente, maioritariamente, seduzido pelo perfil de sorriso fabricado, pseudo-garoto-família, cabelinho liso ou quase liso, face de playboy, voz artificialmente mansa, herdeiro de berço ou por apadrinhamento de político. O caminho sempre será mais difícil para gente como Paulo Victor, que, apesar de toda essa maré contra, chegou onde chegou. Mas a que preço? Vale a pena?
Tá dando certo
Tem eleitor que gosta mesmo é de ser enganado. A verdade não o atrai. Bom é aquele político que faz tudo para se encaixar na visão reducionista de mundo desse tipo de eleitor. E quando um político é esperto, se aproveita dessa ignorância. Estamos testemunhando em tempo real tal experiência. O deputado Dr. Yglesio, que já foi petista e se reelegeu pelo Partido Socialista do Brasil, tem conseguindo adaptar suas ações, seu discurso e até seu linguajar para captar o eleitor bolsonarista que pensa que é de Direita. Tá dando certo. Nesse jogo, tem sempre um otário e um esperto. Dr. Yglesio é o esperto. Tá jogando o jogo.
Sem sentido
Há político que pensa que todo cidadão é otario; outros tem absoluta certeza disso, a ponto de proferir coisas do tipo: “cortes do orçamento não atingem a população”. Em crise financeira, sem capacidade de conseguir arrecadar mais, governo do Maranhão efetua cortes em diversas áreas que atingem, sim, direta ou indiretamente, os serviços públicos. Na educação superior do Maranhão, os cortes chegam a quase R$ 350 milhões de reais, motivando o anúncio de greve de docentes da UEMA e UEMASUL.
Cortes
A partir desta segunda-feira (16), o atendimento no Detran-MA vai dar um nó. O contrato de uma terceirizada chegou ao fim e não foi renovado. Funcionários já estão de aviso prévio e só agora estão recebendo o salário de agosto. O governo tá devendo a empresa e ainda passou a faca no contrato. Já o usuário, que paga taxas altíssimas, passará a ter “mais qualidade” no atendimento, afinal, segundo o governo, os cortes no orçamento não atingem a população.
Em alta
As intervenções realizadas pela prefeitura de São Luís nas avenidas tem dado cara de grande cidade para a Capital maranhense e tem melhorado significativamente o trânsito. Essa é uma verdade inegável, mesmo que alguns teimem em não enxergar e prefiram por qualquer dinheiro – ou por falta dele – fazer críticas e negar a realidade.
Em baixa
Outra verdade inegável é que, em alguns casos, a prefeitura de São Luís tem agido de maneira implacável e mesmo autoritária na derrubada de trailers, muros e calçadas, placas e qualquer construção erigida por onde está prevista a intervenção viária. Sem apresentar documento algum, funcionários da prefeitura acompanhados de autoridades policiais quebram correntes, invadem espaços e demolem tudo.
Mesmo pau
Ao menos a prefeitura tem cacetado tanto o Chiquin quanto o Dr. Francisco, sem distinção. Assim com derrubou o trailer do Deck Delícia no Cohafuma, também derrubou o muro do Paraíba no Renascença. A diferença é que a dona da lanchonete certamente não tem o mesmo dinheiro, força e influência que a família Claudino para gastar com advogados e peitar a prefeitura na Justiça. Falta agora a prefeitura derrubar a parte daquele hospital que ocupou uma pedaço da avenida Jerônimo de Albuquerque e aquele empreendimento comercial do Cohafuma que também invadiu Faixa de Domínio.
É hora do mocotó
Quem gosta de mocotó, gosta mesmo. Quem não gosta, tem que fingir. Quem gosta de mocotó, come é com colher. Quem não tem costume pega com garfo. Quem gosta de mocotó no se preocupa com quantas calorias tem cada pratada; quem não gosta, vai passar a noite na esteira pra queimar. Esse queima. Empurra a tripa nele que a esteira tá esperando.
Tchau
Já leu? Então, bora almoçar. Bora meter no bucho um mocotó com farinha d’água, limão e pimenta. Prato fundo e colher pra beber o caldo. Hummmm.