Colunaço do Cappêta 07/04/24

Tapete

Ex-prefeito da cidade de São Pedro dos Crentes, e segundo colocado nas eleições de governador do Maranhão de 2022, Lahésio Bonfim deve enfrentar uma dura batalha judicial para ser candidato nas eleições de 2026. Com potencial de desbancar o atual grupo dominante, Lahésio mete tanto medo que já preparam um duro golpe via judicial para nem deixá-lo ir para urnas. O plano é usar o judiciário, influenciado politicamente desde as comarcas do interior do Maranhão, passando pelo TJ, até as mais altas instâncias em Brasília, para deixar Lahésio inelegível. O ex-prefeito vai tentar se defender, mas, o resultado já está arquitetado. E quanto mais alta a instância, mas difícil para Lahésio. A balança da Justiça tá pensa para a Política.

Lahésio causa medo em adversários para 2026

Tapetinho

O PSB quer tomar o mandato do Dr. Yglésio na Justiça alegando infidelidade partidária. O PSB é o partido que, sob comando de Flávio Dino, perseguiu Yglésio durante a campanha de 2022, dificultado ao máximo a eleição do Dr. O PSB é o partido que continuou perseguindo Yglésio sabendo que o Dr. poderia ser uma pedra no sapato na eleição de 2024 contra o candidato socialista em São Luís. A questão é: como ser fiel a quem quer te ver pelas costas pra te dar uma facada? O erro de Yglésio foi acreditar que, ao assumir o comando do PSB no Maranhão, o governador Carlos Brandão, de quem o Dr. é aliado, pudesse agir para frear a sanha persecutória da legenda. Ledo engano. Yglésio não deve fidelidade ao PSB, e precisa convencer a Justiça disso. O duro é ter de lidar com uma Justiça aparelhada pela Política, cujo partido que requer o mandato do Dr. tem o que foi seu maior nome no Maranhão ocupando um dos tronos do Olimpo da Justiça brasileira. É osso, hein, Dr.?

Pomba do PSB quer cagar na cabeça de Yglésio

Tapetão

Mais um que sofre o peso descompensado na balança da Justiça é o deputado estadual Fernando Braide (PSD), eleito pelo PSC, cujo mandato corre sério risco sob alegação de fraude à cota de gênero cometida pelo partido em 2022. A alegação carece de provas que até o momento não foram, de fato e objetivamente, apresentadas no processo. No mais completo absurdo teratológico, inverte-se o ônus, cabendo ao deputado e ao partido provarem que não houve fraude. Ora, quem acusa que procure provar de forma irrefutável que houve fraude. Ademais, considerando que seja verdade a assertiva de que houve algum tipo de fraude, cabe questionar: por que um candidato, eleito ou não, teria que ser penalizado por um erro cometido pelo partido?

Fernando: culpado ou vítima do sistema?

Nota do Cappêta

Interessante notar que em todos os casos onde, atualmente, políticos têm seus mandatos questionados ou correm o risco de inelegibilidade no Maranhão e no Brasil, são exatamente aqueles que não fazem parte do grupo político dominante. A Justiça no Brasil parece ter partido, parece ter lado. E ai de quem ousa peitar esse lado.

Balança da Justiça segue descompensada pela Política

Tá dentro

Nos acréscimos do segundo tempo, o Dr. Yglesio Moisés conseguiu sua tábua de salvação para concorrer a prefeito de São Luís nas eleições de 2024. Convertido ao Bolsonarismo na esperança de ocupar um espaço que acredita este vazio na política da Capital, Yglésio anunciou que “agora é PRTB”. Em janeiro, o Dr. já havia feito uma filiação relâmpago à mesma legenda. O pezinho dentro do PRTB por apenas 24h pode ser fator complicador no processo em que o PSB quer tomar o mandato de Yglésio. Mas isso é outro assunto. O importante agora é que o Dr. conseguiu abrigo partidário para 2024.

Adversários tremei: o “doido” arranjou um partido

Arapuca

Um grupo de pré-candidatos a vereador que se organizou bem cedo para concorrer nas eleições deste ano por um partido pequeno e sem tubarão no tanque caiu “de mão beijada” no colo do deputado federal Cléber Verde e vai possibilitar a eleição do filho de Verde, o Verdinho, como vereador. Num movimento surpreendente – ou nem tanto -, o MDB, que quase faria parte da campanha de Duarte Jr., fechou acordo com o prefeito de São Luís. Com a debandada de pré-candidatos a vereador, verde ficaria no mato sem cachorro, sem buchas pra eleger Verdinho vereador. Agora, tá tudo bem. E no acordo com Braide, a ideia é priorizar Verdinho e também uma indicada do deputado Hildo Rocha na nominata de vereadores do MDB. Tem pré-candidato no partido que jura de pé junto que não, mas a batata dele tá Assando.

Acordo: deputados Cleber e Hildo terão prioridades para eleger seus vereadores no MDB

“Ó” posição

Cada vez fica mais claro que o governador Carlos Brandão vai ter de lidar com um grupo opositor na Assembleia Legislativa. Apesar dos “panos quentes” na situação envolvendo a votação de homenagem ao MST, Fetaema e Contag. Incialmente rejeitada pela Casa, os deputados ligados ao grupo do ex-governador Flávio Dino fizeram barulho e conseguiram reverter: proposta foi aprovada pela Assembleia. Noutros tempos, algo desse tipo teria passado batido, com todo mundo batendo continência para os Leões. Não adianta dizer “não sou oposição” se a posição exposta é de “ó”, “ó” posição. Nada mais saudável para a Democracia do que a presença de vozes dissonantes ao governo. Já não era sem tempo que isso ocorresse no Maranhão.

Libera geral

E o deputado estadual Othelino Neto (PC do B) botou a boca no trombone e que a convocação do coronel PM Renato Abrantes Campos, comandante do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRV), para dar explicações sobre a liberação de motos apreendidas na cidade de Araioses pela pré-candidata a vereadora Elisa Machado. Em um vídeo, ela aparece dizendo que ligou para o governador Carlos Brandão, que autorizou o “libera geral”. Sob gritos de “já ganhou”, a “futura” vereadora ligou um monte de motos de serem multadas e tiradas de circulação por irregularidades. Othelino Neto protocolou também ofícios, encaminhados ao coronel PM Renato Abrantes Campos e ao diretor do Detran, Diego Rolim, solicitando uma série de informações sobre a blitz, realizada em Araioses no último dia 28 de março.

Othelino começa virar pedra no sapato do governo

Tira casaco…

O vice-governador Felipe Camarão retirou apoio à candidatura de Fred Campos em Paço do Lumiar assim que o empresário recebeu apoio do Republicanos de Aluísio Mendes sob o argumento de coerência. Camarão é do PT e joga Aluísio na vala do bolsonarismo. O vice-governador avisa que “é preciso ter lado”. Logo, para manter a coerência evocada, ficou difícil aceitar, como coordenador de campanha de Duarte Jr., a presença do PL, partido de Bolsonaro, no rol de partidos coligados ao candidato dos Leões.

…Bota casaco

Só que o próprio Duarte Jr. quer e precisa do PL de Bolsonaro, e, agora, convenientemente declara que esse negócio de “polarização não faz o menor sentido”. Agora não faz. Então, sabendo que vai ter que engolir o PL de Bolsonaro no palanque de Duarte, Camarão já voltou atrás em Paço de Lumiar e fez saber a todos que agiu para que o PT de Lula esteja no palanque de Fred Campos. De modo que, tanto Fred quanto Duarte terão partidos bolsonaristas e apoiadores bolsonaristas na campanha. Um lado e outro lado tudo do mesmo lado. Porque é o jeito, né? A política real não aguenta desaforo de ideologia. Não existe p*ta virgem nesse cabaré chamado eleição. “Na política não há amigos, apenas conspiradores que se juntam”.

Parabéns

Sabe aquele Empresa Hospitalar que faz Aniversário no próximo dia 18? Quem também espera ano a ano o aniversário são seus empregados.

Não pra comemorar, mas pra esperançar. Funcionários aprovados em Edital Público que recebem o mesmo salário desde 2017 esperam em todo aniversário de contratação que haja o anúncio de reajuste dos salários. Em vão. A empresa precisa aprender a gastar menos com mídia e investir no ser Humano! Bora?

Vou de táxi

Como diria um amigo cappeteiro: “tem coisa que só acontece no Maranhão”. E é porque é porque é mesmo. Um acidente registrado na avenida dos Holandeses em São Luís envolveu duas viaturas da Polícia, uma delas descaracterizada. Uma estava a serviço da Polícia Militar, a outra estaria transportando uma “parenta” do governador. Ambas pagas com o dinheiro do contribuinte, uma a serviço do policiamento, a outra a serviço do “politicamento”. E, assim, a viatura caracterizada ficou fora de circulação e a “parenta” teve que arrumar outro táxi da polícia. Vai vendo aí o reboque levando os dois veículos.

Viaturas envolvidas em acidente

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