Levantamentos de intenção de voto têm sido utilizados muitas vezes como ferramenta para tentar influenciar a decisão do eleitor e/ou para manter o ânimo dos aliados
Justamente nesta terça (28), quando está previsto o retorno do governador Carlos Brandão (PSB) ao Maranhão, está sendo divulgado o resultado de um pesquisa de intenção de votos que o coloca distante 7 pontos percentuais em 1º lugar. É esquisito? É.
É preciso entender que qualquer pesquisa deve ser olhada com desconfiança pois, invariavelmente, pode refletir o desejo do contratante. Não deveria, mas é o que acontece. Então, como saber se dá pra acreditar nos números apresentados?
É preciso questionar se os dados guardam alguma relação com o fatos da realidade. Por exemplo: o governador licenciado, longe do estado, sem participar de nenhum ato de pré campanha há mais de 30 dias, cresceu, segundo a pesquisa divulgada nesta terça. Isso faz sentido pra você?
Enquanto todos os outros pré-candidatos mantém uma agenda de movimentação política – com eventos, com novas alianças e agregando apoio – o pré-candidato que está longe do estado sem fazer pré-campanha passou na frente de todo mundo? Faz sentido?
Isso poderia realmente acontecer? Poderia, se existisse algum fenômeno extraordinário, algo que não existe. Logo, a pesquisa divulgada precisa ser vista com mais desconfiança.
Em geral, esse tipo de pesquisa, feita com o intuito de ludibriar o eleitor, distoa completamente dos levantamentos de outros institutos. Por isso, compare com outras pesquisas de outros institutos, mas tenha cuidado
Porque para dar algum verniz de credibilidade, quem utiliza essa estratégia também contrata um segundo instituto para parecer que o cenário apresentado é verdadeiro. E, assim, duas pesquisas com o mesmo viés são divulgadas em um pequeno intervalo de dias.
Ao eleitor cabe ficar atento, desconfiar e observar se os números da pesquisa tem relação com os fatos políticos. A desconfiança é o farol que guia o prudente.