A informação foi dada a um familiar que procurou a delegacia nesta terça-feira (27)
As manobras dentro do governo para tentar abafar o Caso João Bosco não ocorrem mais por trás das cortinas. De maneira explícita, o sistema de Segurança do Maranhão age para proteger o sobrinho do governador.
Daniel Itapary Brandão é personagem central na trama que envolve, possivelmente, crime de advocacia administra e tráfico de influência, e, com certeza, improbidade administrativa que resultou na liberação de um pagamento da Secretaria de Educação do Maranhão – Seduc, que resultou em um pedido de propina, que culminou com o assassinato de João Bosco, empresário e servidor da Seduc, no dia 19 de agosto.
A própria família da vítima não consegue ter acesso ao andamento do inquérito, ou sequer consegue informações do delegado Murilo Tavares e da Delegacia de Homicídios.
Em contato com um familiar do empresário João Bosco, na noite desta terça-feira (27), fomos informados de que, ao procurar a Delegacia, hoje, a pessoa da família foi informada que o delegado responsável pelo caso e todos os envolvidos na investigação soram de férias, e ao retornam na próxima semana, após a eleição.
Fica claro o objetivo do sistema de Segurança em atrasar o processo de investigação e omitir informações que poderiam, fatalmente, atingir a campanha do governador Carlos Brandão.
O próprio Delegado Geral, Jair Paiva, que é o chefe da Polícia Civil do Maranhão, está fazendo campanha para Brandão, assim como o secretário de Segurança Pública, coronel Silvio Leite.
Ambos, agindo, de forma cada vez mais sem pudor, para proteger o sobrinho do governador. Se não, qual seria a razão de dar “férias” aos que estão à frente da investigação neste momento?
A última vez em que o delegado Murilo Tavares apareceu on line no WhatsApp e respondeu a uma mensagem por nós enviada foi no último dia 20.
Já o Delegado Geral e o Secretário de Segurança foram questionados sobre o caso nesta segunda-feira (26) em um evento da campanha de Brandão, mas fugiram do assunto.
O coronel Silvio Leite disse que bastaria enviar formalmente um pedido de “pauta” que ele estaria à disposição para falar. Entretanto, entramos em contato, já hoje, por telefone, WhatsApp, e-mail e diretamente com a assessora da SSP e não obtivemos resposta.
Reveja abaixo a fuga dos homens que comandam a segurança no Maranhão;