Não deu certo a tentativa de afastar prefeito de São Luís

Nesta segunda-feira (22), o plenário da Câmara Municipal de São Luís apreciou dois pedidos de afastamento de Eduardo Braide (PSD), que já haviam sido rejeitados pela Procuradoria da Casa.

Apesar de rejeitados no âmbito de análise técnica, os pedidos foram colocados para apreciação dos vereadores pelo presidente da Câmara, vereador Paulo Victor (PC do B), sob a justificativa de que o “plenário é soberano”.

De modo que, em sua soberania, o plenário, por unanimidade, votou pelo arquivamento dos dois de 3 pedidos já protocolados. Os pedidos apreciados desta vez foram originados por um suposto crime de responsabilidade nas obras de asfaltamento da Avenida Litorânea e das obras da Avenida dos Holandeses, além das obras de intervenções do Programa Trânsito Livre.

Assim que foram anunciados, os pedidos de afastamento de Braide geraram uma avalanche de críticas da população manifestadas nas redes sociais. Internautas rechaçaram a possibilidade do afastamento do prefeito Eduardo Braide, e alguns entenderam tratar-se de um movimento político.

Um terceiro pedido de afastamento segue em análise, este em razão de obras no Hospital da Criança, assumidas pela prefeitura desde que o Governo do Estado, que tinha parceria com o Município, as abandonou. A prefeitura diz que, mesmo assim, as obras estão avançadas e o hospital será entregue no segundo semestre de 2023.

Em tempo

O vereador Paulo Victor, que recentemente retornou ao cargo de presidente da Câmara, precisa tomar cuidado para não perder a mão na condução da articulação com seus pares.

Se não conseguir entender o ambiente político, pode enfrentar sérias dificuldades e criar uma imagem negativa, a exemplo do que foi o resultado de insistir na apreciação dos pedidos de afastamento do prefeito.

Não custa lembrar que uma animosidade tomou conta da Casa Legislativa nos últimos dias. Primeiro, a briga entre os vereadores Astro de Ogum (PC do B) e Aldir Júnior (PL). E, na sequência, os vereadores Beto Castro (PMB) e Marquinhos (União Brasil).

Assim também tem deixado correr solto pela Câmara o deprimente espetáculo de um vereador “comediante” que faz piadas durante as sessões e usa o ambiente do prédio para produzir conteúdo de “humor” para redes sociais.

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