Uma pedra
Na sanha de tornar mais fácil o conturbado caminho da candidatura de Duarte Jr. a prefeito de São Luís, a ordem é tentar eliminar qualquer empecilho no trajeto. A maior bobagem defendida é de que haja uma eleição plebiscitária, o que só facilitaria a reeleição de Eduardo Braide. Ainda que consigam “eliminar” antecipadamente todos os concorrentes do “campo amigo”, tem um Yglésio no meio do caminho; no meio do caminho tem um Yglesio. O deputado recém saído das hostes socialistas, conseguiu, até agora, se posicionar em um nicho político sem concorrência em São Luís: o bolsonarismo. Esta coluna já antecipou que isso tem potencial de levá-lo ao segundo turno.
Guilhotina
Enxergando também esse cenário, a leitura dentro do PSB maranhense é que a peça mais importante a ser retirada do jogo é o deputado Dr. Assim, o comandante interino da sigla segue ordens para encampar uma luta para tentar “tomar” o mandato de Yglésio que, perseguido dentro da legenda, obteve na Justiça a anuência para deixar o ninho socialista. Após as últimas pesquisas divulgadas, com o crescimento do Dr., bateu a água na bund4, e o deputado não reeleito Bira do Pindaré segue o comando de Ricardo Cappeli, o “cachorro” de Flávio Dino, para infernizar a vida do deputado Yglésio. Manda quem pode, obedece quem não tem mandato.
Pela culatra
Desse 2022, ainda na campanha, Yglésio começou a causar medo dentro do PSB. Com raiva do deputado, o comando do partido (leia-se Dino e Cappeli) alimentou boicotes odientos para tentar minar a reeleição do “doído”. Foi o combustível necessário para que o deputado brigasse com mais afinco e conquistasse um novo mandato, para o sofrimento das “pombinhas” socialistas. Mais uma vez, o ciclo pode se repetir. Bolsominion é bicho birrento, capaz de fazer campanha de graça para Yglesio, fazer Pix pra campanha e levar o Dr. para o segundo turno, só pra causar. Por isso, tanto medo no ninho das pombas. O medo leva a raiva; a raiva leva ao ódio; e o ódio leva ao sofrimento. Cuidado com o lado bolsominion da força.
Em tempo
A maior prova da preocupação dessa turma com Yglesio é o fato de estarem tentando eliminá-lo ainda no aquecimento, antes do jogo. Assinam o próprio atestado do medo. Se fosse Yglésio um insignificante, estaria sendo ignorado. Já diz o adágio popular que não se atira pedras em árvores que não dão frutos. Pode até ser fruto azedo e amargo. Querem deixar o Dr. sem mandato; se não conseguirem, querem deixá-lo sem partido para concorrer em 24; se não, vão tentar destruí-lo na campanha. Tem método. E no campo de guerra não tem a cara dos generais. Soldados rasos são escalados para o embate.
Abraço dos afogados
Dino e Brandão estão amarrados pelo destino, e cada vez mais conscientes de que um divórcio não seria bom para o futuro de nenhum dos dois. Apesar de estremecido, o casamento sempre rendeu frutos, e o regime de “comunhão de bens” impõe duras perdas para ambos em caso de separação. Dormindo em quartos separados desde o fim das eleições de 2022, Dino e Brandão já ensaiam reatar as relações há algum tempo para não deixar que o espólio político dos grupo “rachado” vá parar nas mãos de alguém como Eduardo Braide, que, praticamente caminhando sozinho, já é uma ameaça presente para o futuro da dupla. No entanto, cedo ou tarde, essa hora vai chegar. Há inúmeros formas diferentes de se chegar ao inevitável.
Vergonha alheia
Tem Babão de governo que usou a imagem de um acidente no cruzamento da Holandeses com a Litorânea para “defender” a utilidade do viaduto que está sendo construído no local. O argumento é de uma genialidade. Ele só pode achar que a solução para os acidentes de trânsito na capital é construir viadutos. Meu Deus. Tem horas que quem não saber ler é um privilegiado.
Tá dominado
Não se ouve um deputado, uma autoridade de Segurança Pública, sequer o ministro maranhense falando a respeito de algo grave em curso no Maranhão: as cidades do interior estão tomadas por facções. Quem circula pelas estradas, consegue, inclusive, identificar através de marcações em placas e paredes qual facção presente na região. Nas cidades mais próximas da Capital, muito facilmente se vê inscrições do bonde dos 40; noutras, facções nascidas no eixo Rio/São Paulo, como PCC e CV, assinam muros e paredes.
Tá dominado 2
Sem dar conta sequer da trivialidade na Segurança, ou o governo ignora a atuação organizada desses grupos ou, quem sabe, não tem nem ideia da gravidade do problema. Em qualquer caso, seja por omissão ou incompetência, não age. E já tem cidades do Maranhão até com vereadores eleitos sob o manto de “proteção” de facções, que até se antecipam em preparar concorrentes para as eleições de 2024 e 2026. Mais grave ainda é a informação obtida por esta coluna em uma cidade perto da Capital de que há policial militar declaradamente membro de uma facção naquele município. Os próprios moradores comentaram (em sigilo). E o Sistema de Segurança sabe? E na Assembleia tem algum deputado preocupado?
Política, Justiça e suspeição
O desembargador Paulo Velten decidiu em favor da Prefeitura de São Luís ao derrubar decisão do juiz Cristiano Simas de Souza, da 1ª Vara da Fazenda Pública, que havia determinado a suspensão de obras do Programa “Trânsito Livre” no terreno do Armazém Paraíba no bairro Renascença “invadido” pela Gestão Municipal. Estaria tudo certo na decisão de Velten, e sem nenhuma suspeita, não fosse ter vindo a público na imprensa o fato de que a filha do juiz foi nomeada pelo prefeito Eduardo Braide e mantém emprego na Prefeitura. Nesse caso, Velten é suspeito, se há vínculo subjetivo com uma das partes.
Esclarecendo
Não é possível. A ministra da Igualdade Racial sugeriu, numa entrevista, que “buraco negro” é um termo racista. Não é possível. Não é possível. Que nome novo nossa woke desastrada poderia sugerir para uma matéria escura com força gravitacional descomunal capaz de sugar tudo para seu interior, de onde nem a luz consegue escapar?
Escurecendo
Na mesma entrevista, Anielle revela que, antes de explicar algo, usa o termo “vamos escurecer os fatos” como forma de “chocar” as pessoas. Não é possível. Não é possível. O que tem de militância traz o dobro de ignorância. O termo “esclarecer” significa simplesmente tornar compreensível; elucidar algo. Se quer “escurecer”, é porque não quer explicar. E, mesmo em sua literalidade, “esclarecer” tem o significado de iluminar, trazer luz a um fato. Afinal, não se enxerga na escuridão. Imaginemos a casa de Anielle sem lâmpadas, às escuras porque iluminação é tornar claro, e tornar claro o ambiente é racismo. Não é possível.
Perdido
Com uma saraivada de ações pouco resolutas, passado 1 ano de governo, o único mérito do presidente Lula é ter freado um projeto absolutista de poder da extrema direita no Brasil. Anacrônico, o chefe do executivo jamais conseguirá repetir os feitos do primeiro mandato 20 anos atrás. O governo não cumprirá a meta fiscal, torra o dinheiro deixado em caixa pelo antecessor, gasta mal e gasta mais no cartão corporativo, repete o modus operandi do antecessor com a compra de parlamentares no Congresso, assim como age igual nos sigilos em “coisas” do governo, aumenta impostos que impactam principalmente os pobres, começa a destratar jornalistas através de seus auxiliares, e Lula ainda gasta tempo com assuntos fúteis na internet, dando uma de “blogueirinho”, tal qual Bolsonaro. Mas, ninguém liga, né? O “pai” “salvou” a Democracia.
Ataque
O ministro da Economia, Fernando Haddad, foi encurralado por Jornalstas em coletiva de imprensa, e não respondeu, apesar da insistência de vários profissionais, sobre o não cumprimento da meta de zerar o déficit fiscal. Irritado, Haddad se transformou em Paulo Guedes e mandou uma Jornalista “fazer seu trabalho”, como se não fosse ali também parte do trabalho dela, tergiversou sobre o tema, se levantou e foi embora, no melhor estilo Bolsonaro de ser.
Pra finalizar
Depois de cobranças feitas pelo Colunaço, a Maxtec finalmente pagou salários atrasados de trabalhadores que prestam serviços nos hospitais municipais. O problema é que o mês já virou e já, já, chega o dia de pagar o salário de outubro e, certamente, pelo andar da carruagem, vai atrasar. De todo modo, estamos aqui