We come back
Após um interstício de 4 semanas, o Colunaço está de volta. Teve gente achando que a coluna tinha acabado. Calma, cocada. Nem só de cappetagem vive o editor deste espaço. Leitores passaram as últimas 4 semanas “chorando”, tristes pela ausência do Cappêta, a coluna mais sagrada de todos os domingos. Expulsem os demônios, coloquem as barbas de molho, porque o Cappêta nada tem a ver com o capeta, mas, não abre mão de dar umas cutucadas nos pecadores. Sigamos.
O kengo
E aquele ex-dono de jornal que se morde com esta coluna, mamateiro de dinheiro de órgão público com contratos suspeitos para fornecimento, pasmem, de assinatura de jornal que nem mais impresso é, e mantém membros da família empregados à base de “chateau” nas estruturas públicas? Feito um papagaio, usa seu espaço “jornalístico” para repetir versões oficiais de fatos, ainda que mentirosamente, sem nenhum compromisso com o ofício. Prostituta das letras, é do tipo “dinheiro na mão, calcinha no chão; dinheiro não viu, calcinha subiu”. Não há nada que escreva ou publique que não tenha por trás um soldo bancando a caneta da tinta. Urupaco, papaco! Dá o pé, louro. Arreia as asas e mostra o bico aí, doido.
Desinformado?
E aquele portal de notícias que dias atrás deu uma barrigada sobre uma ocorrência policial, que culminou com a morte de uma mulher inocente, atingida pela arma de um PM aposentado? Com ligações estreitas na Segurança Pública, o editor do portal publicou a mentirosa “versão oficial” e nela insistia mesmo após receber as informações verdadeiras. Daí, depreende-se que, na verdade, a mentira foi espalhada de forma dolosa, quem sabe para agradar algum comandante e proteger o policial assassino.
Ou desinformante?
Poderia ter sido apenas incompetência jornalística na apuração dos fatos, mas demonstrou ser má fé. Sem condições de sustentar a mentira diante do contraditório, o mentiroso foi obrigado a refazer a publicação, ainda assim tentando passar pano para o policial assassino, protegendo-o pelo anonimato, somente quebrado quando outro portal publicou os fatos como deveriam ser publicados. Quem pode e deve ser o informante da verdade por dever de ofício e decide não sê-lo, é apenas canalha e vendilhão.
Faturou
E os funcionários do Iterma que há um tempo estavam doidos querendo saber sobre um contrato do órgão com um jornal da cidade? O problema é que ninguém nunca viu uma edição desse jornal sendo entregue por lá. O contrato é até de um valor pequeno, coisa de 6 mil reais. O problema mesmo é que ninguém nunca viu nem teve acesso em mãos a uma edição desse jornal na época do contrato, que findou sem uma folha de notícia entregue, e, assim, caiu no esquecimento posteriormente. Mas, o Cappêta tem tudo anotadinho e arquivado.
Faturou II
Aí, nossos investigadores foram atrás da história e descobriram outros contratos do mesmo jornal, um deles com a Sinfra. Contrato pequeno também. Mas, do mesmo modo que no Iterma, ninguém nunca viu chegar jornal por lá. O dono do “impresso” disse que é assinatura de versão on line. Só que ninguém no órgão soube informar para o Cappêta quem é que recebeu essas “assinaturas”. Ao ser questionado, o dono do jornal gaguejou. Então, tá. Depois a gente volta ao assunto, porque o jornal continua faturando com o poder público, de várias formas.
Abre o olho
O secretário de Comunicação, jornalista Sérgio Macedo, deve ficar de antenas ligadas com um servidor que serve mesmo é como espião dentro da Secom. Parente de um jornalista, essa pessoa age na surdina, passando informações para o familiar aqui fora. O parente ja andou dizendo que, se quiser, tem elementos para fazer a caveira do secretário e derruba-li do posto, ou, no mínimo, lhe causar incômodo. O freio dele é receber recursos do estado. Será que um jornalista tem esse poder de fazer um secretário refém?
Falando nisso
O governo Brandão detectou em pesquisa que há uma percepção negativa da gestão estadual advinda de falhas no trabalho realizado pela Comunicação. Não apenas o trabalho técnico da pasta é avaliado como negativo, mas também o relacionamento do próprio secretário com outros secretários e outras áreas do governo. Em face desse resultado, o próprio governador autorizou uma espécie de intervenção na Secom, onde, a partir de então, o marketeiro Manoel Canabarro fica incumbido de avaliar, vetar ou aprovar as ações e campanhas desenvolvidas pela Secom de Sérgio Macedo.
Certo
O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, tá debaixo de taca em face das intervenções de trânsito que a prefeitura tem realizado. Quer saber? Braide fez certo. No tempo errado, mas fez certo. Não tá perfeito, mas fez certo. Tem muitas falhas de execução e até de conceito, muitas mesmo, mas, fez certo. Fez certo ao arregaçar as mangas para enfrentar o problema de uma distribuição de trânsito arcaica, indigna de uma capital, jogada para debaixo do tapete a cada gestão. Diferente do ex-prefeito, que até tentou, mas, foi tímido nesse tema, Braide não teve medo de enfrentar as críticas que, certamente, saberia que iria enfrentar, por exemplo, com as desapropriações. Foi corajoso. E faz o que qualquer gestor responsável tem que fazer: fazer o certo mesmo quando isso for impopular.
Errado
O principal erro de Eduardo Braide é a motivação para realizar as intervenções no trânsito de São Luís: política. De olho na reeleição, Braide quer ter uma marca para apresentar na campanha. Desse erro advêm todos os outros na execução das obras, que levam em conta apenas o tráfego de veículos. E isso não pode ser chamado de projeto de mobilidade urbana, quando pedestres, ciclistas e até a acessibilidade são ignorados. Mesmo os projetos que no papel previam alcançar ciclovias, por exemplo, na execução elas não existem. A pressa também virou inimiga do “Trânsito Livre”, à medida que deslocou problemas de avenidas para pontos dentro dos bairros que precisaram de arremedos para uma posterior solução não planejada. O saldo do “Trânsito Livre” não tem como ser negativo, mas, deixará falhas terríveis como alto preço a ser pago em médio prazo.
Falando nisso…
Cadê a obra de drenagem prometida para a avenida dos Africanos? Em alguns locais o “Trânsito Livre” tem se limitado ao recapeamento asfáltico. Uma maquiagem. Noutros locais, conhecidos pelos alagamentos, as obras não deram conta de resolver os problema. No Cohafuma e no retorno da Uema, mesmo depois das obras, o problema continua.
Alerta!
O Colunaço lembra que, em 2020, último ano da gestão Holandinha, houve a merecida promoção de servidores. Agora, 4 anos depois, os barnabés esperam ser lembrados pelo prefeito Eduardo Braide.
Alerta II
Há muitas críticas à gestão do Hospital da Criança e muita insatisfação por parte de usuários e trabalhadores. Ao ouvir servidores da casa de saúde, muitos acham que isso se deve ao comportamento de lideranças. Alguns disseram ao Colunaço que “falta oxigenação” Alô, Carol!!!
Usurpação
A Prefeitura de São Luis, por ordem da Justiça, derrubou o coreto da Associação de Moradores do Recanto dos Vinhais porque estaria instalado em área pública. No local, eram desenvolvidas ações e projetos sociais. Só que agora no local tem um trailer de lanche com mesas e cadeiras instaladas sem ser incomodado pelos promotores que agiram contra a Associação, nem pelo Juiz Douglas Martins, de quem partiu a ordem para a derrubada do coreto. Quando foi questionado sobre autorização para ocupar o espaço, o dono do trailer disse que é amigo de um deputado “lutador” e que teria sido autorizado de algum modo pelo parlamentar a ficar ali. Será? Outra curiosidade do local é que nem promotores nem o juiz Douglas parecem se incomodar com a ocupação irregular, na mesma área, feita pela empresa de ônibus São Benedito, que teria invadido terras públicas para ampliar sua garagem. Queria ver o deputado “lutando” por essa causa junto com os operadores da Justiça.
Amigo da onça
Na última quinta-feira (23), num encontro com fazedores de cultura, o pré-candidato a prefeito de São Luís, deputado federal Duarte Jr., bateu palmas efusivamente para uma toada composta como crítica ao governo Brandão, que tem deixado em segundo plano as brincadeiras e artistas do Maranhão na realização de eventos e shows culturais. Candidato apoiado pelo governador Brandão, Duarte, convenientemente, não tem língua para levantar críticas sobre o desmonte da Cultura, apesar de ser ciente do fato, e foi traído pelo inconsciente ao endossar com palmas as críticas feitas à Brandão pela toada composta por Zé Othinho, do Boi de Santa Fé. Duarte é cúmplice do desmonte da Cultura desde o governo Dino, mas agora emula preocupação com o setor de olho na eleição.
Razão
Informamos aqui na coluna que Duarte Jr. jogou um balde de água fria nas pretensões de Isabele Passinho, filiada ao PT colocada como possível vice para disputar a prefeitura de São Luís na chapa do deputado. “Esquece essa história, nem te anima”, disse ele a ela. Nada melhor que o tempo para mostrar a razão. Agora, um movimento para cravar a petista Creusamar como vice na chapa de Duarte serve para endossar as informações dadas por esta coluna pouco mais de 1 mês atrás. Passinho foi escanteada por Duarte.
Pra finalizar
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