Colunaço do Cappêta 09/06/24

Boiada

Tá na moda falar mal do “São João da Thay”. E todo mundo jogando hate porque “o evento não valoriza a cultura maranhense” e pi-pi-pi-pó-pó-pó. Mas como esta coluna não é piolho pra andar pela cabeça alheia, vai colocar as coisas fora da perspectiva “maria-vai-com-as-outras”. Mesmo porque o SJT sempre foi alvo de críticas, sempre. Algumas muito justas, outras nem tanto. Mas há que se considerar um mínimo de pensamento lógico e razoabilidade para não ser empurrada junto com a boiada.

Público ou privado

O “São João da Thay” é uma festa privada, logo, não tem obrigação alguma de cumprir com qualquer função pública. Meio óbvio, né? Mas parece que estão esquecendo isso. Não é o “São João do Maranhão” é “da Thay”, e ela faz o que quiser com o evento dela. “Ah, editor, mas tem dinheiro público”. Calma, falaremos sobre isso. Por enquanto entenda que a influenciadora maranhense não está obrigada a nada. É um evento privado e, de novo, ela faz o que bem entender, e coloca as atrações que achar melhor. Aliás, se ela nem quiser fazer mais o evento, não faz. Pronto.

Evento faz parte do calendário anual em São Luís 

Responsabilidade

Quem tem obrigação de cumprir papel público no São João ou em qualquer festa do calendário anual são os entes públicos, Prefeitura e Governo. De novo, uma obviedade. Entre as responsabilidades públicas está a valorização da Cultura, priorizar artistas e manifestações culturais em sua programação. Inclusive pagando o cachê justo, que, destaque-se, nem pagar paga, imagina ser justo no valor. Mas… não. Querem jogar a responsabilidade para Thaynada OG. Coitada da piquena. Enquanto isso, a Prefeitura e o Governo entopem o c* de artistas “de fora” até com cachês superfaturados e tá tudo bem, né? Querem culpar Tahynara pela falta de incentivo público à cultura local? Elejam-na prefeita ou governadora. Enquanto não, vão encher o saco de Brandão e Braide.

Hipocrisia

Uma coisa é certa. Seja evento público ou privado, experimenta colocar num show como atrações somente artistas locais, atrações culturais locais, de cabo a rabo, todos os dias. Depois vai lá e me diz o público que deu. Os mesmos que reclamam, seja da Thay, da Prefeitura ou do Governo, por trazer artistas de fora, serão os mesmo a reclamar a ausência deles. Serão os mesmos ausentes caso haja apenas atrações locais. Tá em tempo de fazer a comparação entre os dias em que há atrações nacionais no São João e os dias em que não tem. Coloque sua hipocrisia no bolso e exercite seu cérebro indolente.

Atrações nacionais em 2024

Ignorância

Nunca faltaram atrações e artistas locais no “São João da Thay”, nunca. Podem até não ter o mesmo tempo, o mesmo tratamento, e isso, sim, qualquer um pode criticar. O que a produção fez, por exemplo, com o Boi da Maioba, que em 2022 teve apenas 3 minutos reservados para se apresentar, foi vacilo enorme, desrespeito gigante com o Boi. Se é pra ser assim, melhor nem convidar, afinal é um evento privado e, lembre-se, a dona faz o que bem entender. No entanto, nem que seja apenas pra cumprir tabela, sempre teve atrações da cultura local no evento da Thay. Qualquer afirmação fora disso é ignorância ou ma fé.

Recurso Público

A crítica mais acertada é sobre uso de dinheiro público em evento privado. Mesmo assim, depende. No caso do “São João da Thay”, o evento foi autorizado pelo governo do Maranhão, através de Lei de Incentivo à Cultura, a captar R$ 1 milhão. O problema é a quem fazer a crítica. O problema não é de quem recebe, mas, de quem concede. Se há de ser feita alguma insurgência, deve ser contra o governo do estado, é o ente público que deve ser questionado. O evento foi lá, apresentou o projeto e suas justificativas pra acessar o recurso, cabe a quem concede avaliar se é justo ou não. Então, não mire sua bazuca pro alvo errado.

Flopou

E tem gente dizendo que o “São João da Thay” foi um fracasso de público. Não. Não foi. Não deu pra lotar o espaço, é verdade. Pode ter ficado aquém do esperado, é verdade. Mas há tantas razões para isto, no entanto, mentes limitadas atribuem o suposto fracasso ao formato do evento e suas atrações. Tsc, tsc, tsc. Bobagem de mentes simplistas sem capacidade cognitiva de problematizar questões complexas que envolvem tantos outros fatores. Atendo apenas ao fato, é verdade que o evento não “bombou”, mas é pura implicância dizer que flopou.

Erro bobo

Na visão desta Coluna, o grande erro do “São João da Thay” é a pretensão de se vender como o suprassumo da cultura local e o grande vendedor do Maranhão para o Brasil nesta época. Não é a primeira coisa, mas é, de verdade, o único que faz a segunda. O SJT é só um festival de música, como tantos outros pelo Brasil, e que acontece no Maranhão e no São João. E, sim, tá tudo bem. Aliás, tá ótimo que sirva para dar visibilidade ao estado, inserindo nesse festival de música um pouco de nossa cultura. Tá achando ruim? Aponta outro aí que tenha tido cobertura da Globo em tempo real, ao vivo.

De olho no futuro

O governador Carlos Brandão deu as caras no SJT ao lado de sua esposa, Larissa. Devidamente instalado em um dos camarotes, o casal posou para o click do titular desta coluna e o governador falou ao pé do ouvido deste titular que já está é pensando na próxima eleição. Sem poder concorrer novamente ao cargo de governador, Brandão deve seguir para o Senado em 2026.

Casal Brandão curtindo a noite 

Comunistas

Quem também foi visto na área Vip do São João da Thay foi o nepobaby da polícia maranhense Rubens Pereira Jr, deputado pestista. O herdeiro político da oligarquia da cidade de Matões estava acompanhado de outros “comunistas”, inclusive Dino Debochado, ao redor de uma pequena mesa com uísque e alguns canapés, porque nenhum comunista é de ferro, né?

Tem petista na festa 

Falando nisso

Quem é o advogado, ex-membro do governo Dino, quem já estava mais pra lá do que pra cá no “São João da Thay”?. O cabra já tava olhando dobrado depois de uma boas doses de uísque. Nada demais em se divertir um pouco, mas que foi um pouco cômico vê-lo cambaleante, ah foi. O cabra é gente boa.

Me paga, sacana

Continua a saga de atrações culturais pelo recebimento do pagamentos de cachês de apresentações. O calote do governo do estado, que ainda não pagou cachês de 2023, tem atrapalhado e criado dificuldades para várias brincadeiras em 2024. O Boi de Guimarães, por exemplo, emitiu Nota numa cobrança à Secretaria de Cultura. Veja:

Briga e bogue

Ta chegando a hora da luta mais aguardada do século. Kkkkk. Vem aí a luta entre o deputado Yglésio Moisés e o empresário Alessandro Martins. Vai ser uma loucura. Yglesio já mudou muito desde que decidiu cair na porrada com Martins. O deputado bolsonarista entrou em dieta e já até perdeu protuberância abdominal. Uma mudança que fez questão de compartilhar.

Imagem do IG de Yglésio 

Falando nisso

Yglesio é craque em mudanças. uma das mais radicais foi o duplo twiste carpado ideológico. Um publicação da época da pandemia em comparação com a nova posição política do Dr. revela grande capacidade de adaptação. Veja:

Yglesio mudou? Sim. 

Na taca

O presidente da Câmara Municipal de São Luís está debaixo de chibata. Paulo Victor tem recebido críticas em razão de contratos firmados pela Câmara com empresas de diversas áreas que soam como suspeitos em ano eleitoral. Por coincidência, os serviços previstos nas contratações são também os tipos de serviços que candidatos costumar utilizar em campanhas eleitorais, como realização de eventos. Há inúmeras matérias apontando valores e fatos que geram desconfiança, como relações anteriores do presidente e donos de empresas ganhadoras de contratos. Já de olho nas eleições estaduais de 2026, PV trabalha para ser o vereador mais votado nas eleições deste ano em São Luís.

Paulo Victor quer mandato de deputado em 2026

Suspeita

E o caso das muitas licenças ambientais suspensas no Maranhão, hein? Há apontamentos de suspeitas graves. Por exemplo, por supostas licenças concedidas até para áreas que sequer existem e indícios de haver irregularidades graves em muitas documentações. Em verdade, órgãos responsáveis por licenças ambientais em todo o Brasil sempre foram antro de corrupção por parte de agentes que usam as dificuldades do sistema para vender facilidades. No Maranhão, já teve secretário que só encontrou “suce$$o” na política depois de comandar o órgão responsável por licenças ambientais. O terreno é vasto para plantação de propinas.

Tudo em casa

Após assumir a prefeitura de Paço do Lumiar, com o afastamento da prefeita Paula da Pindoba, uma das primeiras ações do vice Inaldo Pereira foi pensar na família luminense, só que apenas na família dele. Como em princípio o afastamento de Paula é por 50 dias, Inaldo não perdeu tempo. Empregou a mulher, o primo, o genro… Emprego tá garantido pra família, pelo menos nesse período.

Inaldo – Farinha pouco meu pirão primeiro 

Prioridades

Enquanto isso, na cidade de Raposa, o prefeito Eudes Barros vai gastar quase meio milhão de reais com biscoito, margarina e orégano. Segundo o edital, os produtos adquiridos via pregão que acontecerá no dia 19 servirão para atender as necessidades da Secretaria Municipal de Educação.

Eudes Barros – Prefeito de Raposa

Apito

O ministro do STF Flávio Dino, aquele que processou o Monark por que o chamou de “gordola”, apareceu em vídeo dizendo que chamar alguém de nazista ou fascista não caracteriza crime. Ao mesmo tempo, Dino disse que ambas as coisas são “movimentos políticos” presentes na sociedade. Ora, ora, ora. As declarações de Dino funcionam como um apito de cachorro para a esquerda histérica que adora classificar todo mundo que pensa diferente como fascista e nazista. No entanto, soa esquisita considerando que a legislação brasileira classifica como crime a apologia ao nazismo. Além disso, o próprio Monark, processado por Flávio Dino, já havia defendido a mesma ideia de que nazismo é o movimento político. Como se vê, o problema não é o QUE se diz; é QUEM diz.

Dino normaliza nazismo e fascismo como xingamento. 

Canalhas

Pouco gente sabe, mas a taxação de comprinhas em sites estrangeiros foi colocada de maneira sorrateira dentro de um projeto que tratava de questões da indústria automotiva. Olha o tamanho da picaretagem. Além disso, o assunto foi fechado em comum acordo com o PT e o PL, direita e esquerda unidas pra enfiar a taboca no consumidor brasileiro sem dó nem piedade. O modo de votação não foi nominal. Para proteger os nobres parlamentares de críticas e dificultar a identificação de quem votou a favor, foi feita a votação simbólica, sem voto individual, sem nomes. Uma picaretagem do PT e PL juntos. Durma com essa.

Juntos pra lascar com o Brasil

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