Apesar de irregularidades graves, ferry foi liberado para navegar em Junho

Documento emitido agora pela Capitania dos Portos lista as irregularidades detectadas na embarcação

Os problemas de ordem técnica constatados pelas vistorias realizadas no mês de junho no ferry boat José Humberto deixam claro que foi irresponsável a decisão de liberar a embarcação no dia 28 de junho para operação de transporte de passageiros e veículos.

Na mesma data, segundo o Ministério Público Federal, foram Identificadas 24 irregularidades de natureza grave.

O novo documento da Capitania dos Portos liberando o ferry José Humberto, datado do dia 15 de julho, lista os problemas graves contidos na embarcação que somente agora foram sanados, segundo a autoridade marítima.

Se foram sanados agora, apenas após a suspensão da operação, existe uma confissão tácita de que o ferry foi colocado para navegar colocando em risco a vida dos passageiros.

Entre as irregularidades listadas no documento da Marinha, estão problemas de estabilidade e resistência por causa de um amassado no fundo do tanque de numero 04 do lado esquerdo;

Uma avaria no casco, descrita como um buraco no lado direito traseiro; longarinas da borda falsa (espécie de guarda-corpo) com dimensionamento inferior ao especificado em ambos os lados;

Plano de segurança ilegível; ausência de equipamento de comunicação entre o local de manobra da embarcação (passadiço) e a casa de máquinas, onde ficam os equipamentos de propulsão (motores) e seus auxiliares;

Visibilidade do passadiço comprometida pela disposição das portas e dos botes salva-vidas; água nos porões;

Vazamento de óleo no motor do lado esquerdo; bomba de óleo inapropriada; vazamento na linha de combustível dentro do tanque número 05 do lado esquerdo; problemas com proteção das polias do gerador principal.

Todas essas e mais outras irregularidades foram constadas em vistoria no dia 20 de junho, somando 16 itens. Já no dia 28, em outra vistoria, o MPF alega 24 irregularidades graves. No mesmo dia (28/06), a embarcação foi liberada pela Capitania dos Portos.

Veja o documento com as irregularidades que, agora, a Marinha alega sanadas, e, por isso, liberou a operação:

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