Quem era o “rapaz careca” na cena do crime no “Caso João Bosco”

Um detalhe no depoimento da esposa da vítima pode ser a chave para desvendar a existência de outro crime por trás do assassinato

O depoimento de Eliza Maria, viúva do empresário João Bosco, traz um detalhe que passou despercebido até agora, mas, que pode ser importante para desvendar o suposto esquema de propina dentro de secretarias do governo do estado.

Em depoimento prestado ao delegado Felipe Augusto Ponte Freitas, plantonista da Delegacia de Homicídios, no mesmo dia do crime, 19 de agosto, Eliza contou detalhes das últimas conversas que teve com o marido morto a tiros em frente ao edifício Tech Office, na Ponta D’Areia, em São Luís.

Segundo consta no documento, João Bosco chegou ao local acompanhado do vereador Beto Castro e mais uma pessoa, identificada através de imagens das câmeras segurança apenas por ser um “rapaz careca”.

Os três sentaram juntos na lanchonete Tapioca da Ilha e ficaram conversando por alguma tempo. “

“O indivíduo careca saiu da mesa e Bosco e Beto continuaram na mesa”

Trecho do depoimento

Assim que Gibson César Soares Cutrim, o assassino confesso, chegou, Beto Castro e João Bosco se levantaram foram ao encontro dele e depois voltaram para a mesa. O “rapaz careca” já não estava no local quando o assassinato aconteceu.

A questão é que todas as notícias ficaram em torno de apenas três indivíduos: Beto, Bosco e Gibson. Mas e o “rapaz careca”? Quem é ele? O que faria no local? O que conversava com a vítima e o vereador antes do crime? Teria algum envolvimento com o fato gerador do crime?

Segundo depoimento do assassino confesso, o homicídio ocorreu em face da cobrança por parte da vítima de uma comissão por um pagamento recebido da Secretaria de Educação do Maranhão do governo Brandão.

O pagamento estava em “restos a pagar” desde o ano de 2014, e, com alguma intervenção, em cerca de 24h foi liberado. Quem teria poder de influenciar tal decisão de liberação desse pagamento?

Talvez o “rapaz careca” seja a chave para trazer luz à essas questões. O problema é que os delegados envolvidos na investigação receberam ordens para não mais falar sobre o assunto com a imprensa, o que apenas coloca ainda mais suspeitas sobre o caso.

A polícia, no entanto, já sabe quem é esse “rapaz careca”, certamente. E, talvez, por isso a “operação-abafa”. Mas, pode deixar que não é só a polícia quem tem a posse de algumas informações e evidências.

Esse “rapaz careca” não é um fantasma, tem nome e sobrenome, e a polícia tem obrigação de revelar, se não, a imprensa o fará em breve

Veja abaixo a íntegra do depoimento da viúva da vítima:

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