Hotéis de luxo, sorvetes e cosméticos na lista de gastos de R$ 27 milhões de Bolsonaro no cartão corporativo

Informações de gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro negadas durante todo o mandato sob o argumento de que revelar as despesas poderia colocar em risco o presidente e familiares agora vieram à tona.

Uma agência de dados públicos, especializada na Lei de Acesso à Informação, fez um levantamento dos tipos de despesas realizadas no cartão corporativo, quem realizou tais despesas e quais gastos consumiram mais recursos públicos.

Dos 59 tipos de despesas feitas com o dinheiro do contribuinte, os gastos com hotéis, multa vezes estadias de luxo, somam pelo menos R$ 13,6 milhões. Uma informação que contraria o discurso adotado por Bolsonaro, que dizia ser contra a esbanjar dinheiro público quando é possível optar pela simplicidade.

Um único Hotel do Guarujá (SP), onde Bolsonaro costumava tirar “férias”, recebeu 1 milhão 460 mil reais do cartão cooperativo. Considerando a diária mais cara do estabelecimento (R$ 940), seria possível pagar 1.566 diárias, mais do que a quantidade de dias de 4 anos de mandato.

Também chama atenção os gatos com padaria, onde uma delas, no Rio de Janeiro, a padaria Santa Marta, registra uma nota fiscal de uma única compra no valor de R$ 55 mil. Ao todo, o estabelecimento recebeu R$ 362 mil do cartão corporativo da presidência.

Em cinco sorveterias de Brasília foram feitas 62 compras, que somaram R$ 8,6 mil. Em uma única vez foram gastos R$ 540 no estabelecimento.

O presidente que aparecia comendo pão com leite condensado e frango com farofa, gastou R$ 678 mil em um mercado gourmet de Brasília conhecido por quem aprecia alta gastronomia.

Havia também em sigilo despesas em produtos cosméticos, alimentação para pets, foras na Havan, outras com supérfluos pagos com dinheiro público.

A título de comparação simples e pura, certa vez, um gasto de R$ 8,30 na compra um beijú (tapioca) no cartão corporativo realizada pelo então ministro dos Esportes, Orlando Silva, em 2008, virou um escândalo e ele teve que devolver o dinheiro.

Até agora, quase 28 milhões de reais foram tornados públicos, mas o montante pode ser ainda maior, sendo que apenas nos dois primeiros anos de mandato, Jair Messias torrou R$ 21 milhões. Mas, Bolsonaro não foi o único presidente a esbanjar dinheiro do contribuinte no cartão corporativo.

E o Lula e o PT

Em seu primeiro mandato, Lula torrou R$ 22 milhões à época; no segundo mandato, mais R$ 22 milhões, enquanto Dilma Roussef gastou R$ 24,5 milhões no primeiro mandato, e, junto com Temer, no mandato seguinte, R$ 18 milhões.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jeisael.com