Favorável
Cenário para o vereador Paulo Victor, pré-candidato a prefeito de São Luís, vai ficando cada vez mais favorável. Impetuoso, o presidente da Câmara de São Luís já errou muito no intuito de firmar seu projeto. Entretanto, tem acertado mais nos últimos dias, inclusive na comunicação.
Errou feio
Um dos erros mais bestas de PV foi encher a cidade com a hashtag #vaidarcerto, que não leva a nexo nenhum com o vereador por parte da população, pelo simples fato de que Paulo Victor sequer tem sua figura conhecida – segundo pesquisas -, imagina se haveria de alguém fazer o link da hashtag com a imagem ou nome do vereador. Mas, enfim, a equipe do vereador pode estar enxergando de modo diferente desta coluna. Quem sabe.
Acertou bonito
Agora, o que se vê são diversas placas de outdoor com a imagem do presidente da Câmara da Capital e os feitos da Casa Legislativa sob seu comando. Aí, sim, um acerto pontual. As pessoas que olharem a publicidade passam a conhecer a imagem do rosto ligada ao nome do ser e suas realizações. Ao passo que a memória faz o link instantâneo com aquele pré-candidato. Tudo isso sem o risco de incorrer em ilegalidade eleitoral pois há, na Lei, a previsão de que o parlamentar tem o direito de prestar contas de seus atos junto ao eleitor. Essa brecha permitiu que, mesmo durante a campanha de 2022, inúmeros deputados permanecessem, mesmo durante o período eleitoral, com placas de outdoor sendo expostas. Desse jeito #vaidarcerto. A coluna já havia alertado.
Agora vai?
Relembrando o slogan da campanha do prefeito João Castelo em 2008, o Colunaço reflete sobre a saída do vereador Paulo Victor do PCdoB. Com destino ao PSDB, PV pode concorrer em 2024 com plumas de Tucano e número do único prefeito que não se reelegeu na história da Capital Maranhense. Castelo deixou como legado, entre outras mazelas, o atraso de salários dos servidores e a falta de comida nos hospitais municipais.
360 graus
De comunista a coxinha. Não tem como não imaginar que sair do PCdoB para o PSDB é um cavalo de pau medonho. Mas isso não teria, em tese, muita relevância numa disputa eleitoral local. Em tese. Porque, para aqueles ranzinzas ideológicos, seria inaceitável, uma traição. Entretanto, no balaio de gatos que é a política maranhense, que mistura Sarney e Flávio Dino, PMDB e PSB, PT e PV, REDE e PSL, já ficou provado que partido é como cueca, pode ser trocada a cada banho. Quem não se lembra do comunista Duarte Jr. que, para concorrer a prefeito, foi parar no berço do partido dos filhos de Bolsonaro? E depois virou socialista para se eleger federal. Pois é, a massa mesmo tá se lixando para ninho partidário.
360 graus 2
Cavalo de pau mesmo é o de Holandinha. Chamado de bolsoanrista por Márcio Jerry quando era conveniente, o ex-prefeito de São Luís, que estava em partidos do seio bolsoanrista, agora tem como destino a federação comunista de Márcio Jerry, que tem PT e PV juntos. É, siô, o problema não é a política; são os políticos. Alguns mais sem vergonha e mais canalhas que outros.
Aduladores
Foi só o ex-prefeito de São Luís aparecer bem posicionado na primeira pesquisa de intenção de votos para prefeito da capital que os antigos “amigos” de Edivaldo Jr. reapareceram. Largado no esquecimento desde que não seguiu o que queria o “rei Dino” em 2020, Holandinha ficou sem grupo, sem partido, sem apoio, e, em 2022, concorreu isolado para governador e definhou sob desdém de gente como Márcio Jerry, que agora o “abraça” novamente e lhe deseja “vida longa”.
Abra o olhos
“Muitos adulam o governante,
Provérbios 19:6
e todos são amigos de quem dá presentes.”
Amigos de verdade?
A relação entre o governador Carlos Brandão e o Vereador Paulo Victor já rendeu frutos políticos para ambos e pode ser um grande trunfo para as eleições de 2024. PV precisa de Brandão para alavancar seu projeto de concorrer ao cargo de prefeito da Capital; Brandão sabe que seria o melhor cenário tê-lo no comando da prefeitura. Se juntar a fome com a vontade de comer, vai dar banquete. A questão é somente se essa amizade resiste ao pragmatismo político e à fisiologia que poderá levar Brandão a ter de se juntar a outro nome, como Eduardo Braide, para garantir que não perca a eleição em São Luís para o pupilo de Flávio Dino. O tempo dirá.
Isolado
Em meio às frenéticas movimentações de pré-candidatos a prefeito de São Luís, o “favorito” a enfrentar o prefeito Braide no intento de reeleição está relegado ao seu micro círculo político. Fechado numa bolha cada vez mais difícil de sair, Duarte Jr. sente o peso da rejeição política que ele mesmo plantou, por suas vaidades, prepotência e narcisismo. Se goza de alguma predileção do eleitorado, o qual é craque em ludibriar, no meio político Duarte é enojado. Cercado apenas dos caloteiros, e, igualmente, vaidosos, prepotentes e narcisistas, Ricardo Cappeli e Flávio Dino, o “garoto Procon” tenta manter-se relevante. Talvez não tenha sequer o aval nacional do PSB para ser candidato. Lascar-se-á. De um jeito ou de outro. Tome nota.
Isolado também
Cadê o vice-governador Felipe Camarão? Sumiu. Cadê o secretário de educação? Ninguém sabe, ninguém viu. Claro que isso é uma auxese para chamar atenção ao fato de que o ex-todo-poderoso secretário do governo Dino foi relegado no governo Brandão. O protagonismo de Camarão sumiu. Nem mesmo na SEDUC o titular dá as cartas. É de tamanha desimportância no cargo que passa mais tempo em viagens “representando o estado” do que despachando na secretaria. Viajando, aliás, em voos de carreira.
Simetria
O termo “falsa simetria” é como doce na boca de petista para defender que Lula não é a mesma coisa que Bolsonaro. Ok. Realmente, não. Não é a mesma coisa. Não são gêmeos univitelinos. Definitivamente, não. Mas são quase gêmeos bivitelinos, no mínimo irmãos. Irmãos briguentos, mas irmãos, com comportamentos iguais, filhos da mesma política patrimonialista, fisiológica e populista. Pode se rasgar de raiva da coluna, mas não pode se contrapor a fatos: aliados do centrão, compradores de apoio, mamateiros de cartão corporativo, emendeiros secretos, vendidos aos banqueiros, alimentadores de ódio ideológico besta. Agora se rasguem em contorcionismo retórico para defendê-los.
Imagem da semana
Poço de contradição
Vieram à tona diversos vídeos do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), detonando o sistema eleitoral e colocando dúvidas nas urnas eletrônicas, com os mesmos argumentos usados por Bolsonaro e sua trupe. Mas esse é Flávio Dino. O discurso muda de acordo com a conveniência. A merda é que, com o advento da internet, o “print” é eterno, o vídeo fica salvo etc. Diante do fato, Dino silenciou.
Sumiu
Aliás, é notória a sumida de Dino nas últimas semanas. Aquele aguerrido ministro, cheio de empáfia disfarçada de deboche e simpatia, sumiu. Dino andou recebendo puxão de orelhas depois de incomodar petistas de alto coturno com ações políticas de bastidores atabalhoadas, na ânsia de aparecer e se cacifar como sucessor de Lula. O sumiço de Dino significa que alguma coisa está tramando. O cabra é muito inteligente. Há algo por trás. E esta coluna já deu a senha alguns domingos atrás. Voltaremos ao tema em breve.
Sumiu 2
Dino ganhou destaque no início do governo Lula sem nenhuma ação de fato de grande relevância. Ações pequenas importantes, o surfe na onda das respostas ao 8 de janeiro, mas nada capaz de alavanca-lo a longo prazo como o sucessor de Lula, apenas coisas fáceis de serem esquecidas. Dino é assim mesmo, capaz de transformar pequenas ações concretas em grandes repercussões midiáticas. Mas isso tem limite. Sequer conseguiu cumprir com o que prometera quando assumiu o MJ de enviar ao Congresso as medidas anunciadas por ele. Muito gogó, muita mídia, nenhuma ação de grande relevância capaz de estruturar o país.
Apareceu
Quem apareceu e tá na crista da onda é o ministro da Economia, Fernando Haddad (PT), surfando no sucesso da aprovação da Reforma Tributária, essa sim capaz de alavancar o nome de Haddad como sucessor de Lula. Numa tacada de mestre, a Reforma Tributária renderá frutos políticos reais a médio e longo prazo, e, por si só, é uma grande mudança estrutural para o Brasil que fará parte do currículo de Fernando Haddad. Daqui há 20 ou 30 anos ou mais, Haddad será lembrado. Colocou seu nome na história como o ministro que conseguiu algo que estava na fila havia 30 anos. Daqui há 4 ou 8 anos, o que terá Dino como saldo de sua passagem pelo governo Lula capaz de fazer frente ao feito de Haddad? O que os brasileiros vão colher do que fez Haddad e do que fez Dino?
Num vai, não.
Daniel Itapary Brandão, sobrinho do governador do Maranhão, foi nomeado e convocado para assumir o cargo de escrivão da Polícia Civil do Maranhão. O rapaz careca passou em último lugar no concurso de 2017, mas não assumirá o cargo. Daniel recebeu de presente do titio o cargo de conselheiro do TCE no início do ano, com salário de mais de 30 mil reais. Só se for doido em querer assumir como escrivão pra ganhar menos de 5 mil reais.
Caloteiro e medroso
O ex-secretário de Comunicação do Maranhão, Ricardo Cappeli, deu uma de frouxo e fugiu de uma solenidade em que seria agraciado com o título de cidadão maranhense na Assembleia Legislativa. Depois de ter perseguido a imprensa que não rezava a cartilha dinista e tantos outros políticos pela mesma razão, Cappeli enfrentraria cara a cara o deputado Dr, Yglesio, desafeto do qual não poderia se proteger com seguranças, afinal Capelli estaria no território do deputado. Covarde que é, o pitbul de Flávio Dino botou o rabo entre as pernas e refugou.
“Inelegível”
O candidato bolsonarista derrotado ao governo do Maranhão em 2022, Lahesio Bonfim, andou se arvorando para concorrer ao cargo de prefeito da Capital maranhense. Acontece que o candidato que “não tem dinheiro nem pra almoçar”, mas é milionário e dono de várias fazendas, não poderá concorrer a prefeito de nenhuma cidade em 2024, por legalmente estar inelegível para esse cargo especificamente. A legislação não permite 3 eleições seguidas para o mesmo cargo executivo. Lahesio foi eleito a prefeito no interior em 2016, reeleito em 2020 e, portanto, não poderá concorrer em 2024. Fim.