UQ! Colunaço do Cappêta 03/02/24

VLT 2.0

Menos de 8 meses para a eleição, o prefeito de São Luís lança maquete virtual informando que a Prefeitura vai construir um viaduto na capital. O anúncio da obra faz parte da estratégia de reeleição do gestor municipal e é uma repetição do que já fizeram outros prefeitos, que sempre recorreram a obras a toque de caixa em último ano de mandato. No entanto, pelo floreio, magnitude e ineditismo do que foi anunciado, o viaduto de Braide se assemelha muito ao VLT de João Castelo, de 2012. Anunciado para iniciar as obras em abril, o viaduto não ficaria pronto antes da campanha, mas serviria como ótimo cabo eleitoral, com imagens na TV e nas redes sociais, igualzinho o VLT de Castelo. Tomara que, pelo menos, o viaduto não seja apenas um engodo como foi VLT, porque instrumento eleitoreiro pode ter certeza que é. Igual o VLT.

Viaduto de Braide é o VLT de 2024

Repeteco

A cada período eleitoral, seja na capital ou no interior, os políticos lançam mão de enganar o eleitor deliberadamente através de promessas impossíveis de serem cumpridas, e, para isso, usam maquetes eletrônicas e projetos em 3D, para mexer com o imaginário do cidadão. Alguém aí sabe cadê os 3 terminais de integração prometidos por Eduardo Braide, mostrados em mapa na propaganda eleitoral de 2020? Aliás, alguém aí sabe cadê as ciclovias que constavam na maquete das obras do Trânsito Livre da Braide?

Cadê as ciclovias da maquete?

Falando em mentira

A propaganda do governo do estado na televisão é um festival de mentira e cara de pau. Depois de aumentar taxas e impostos até não poder mais, o governo Brandão apareceu em horário nobre da televisão tentando justificar o aumento abusivo de impostos no estado. Não é muito difícil identificar as mentiras da peça publicitária, que diz, por exemplo, que todos os estados reajustaram o ICMS, mas, o Maranhão teria sido o que menos reajustou. Ora, o estado figura com o maior ICMS do Brasil. A publicidade também compara as taxas do Detran com as de estados como São Paulo. É muita cara de pau pegar o estado mais pobre da federação e o estado mais rico pra comparar preço de taxa de serviço público. Não dá pra jogar no lombo do maranhense, que tem a menor renda do país, os mesmos valores de taxas e serviços públicos cobrados em estados ricos.

Money, money, money$$$

A sanha arrecadatória do governo Brandão tem produzido peças de Comunicação patéticas e levado até o próprio governador, em suas redes pessoais, a “fazer cobranças” ao contribuinte maranhense. Sob a batuta do secretário Sérgio Macedo, a Secom usa a máquina de datilografia da época do governo Roseana para Twittar cobrança de IPVA na conta pessoal de Brandão.

O cobrador de impostos

Calote

Há diversas reclamações, desde quando Dino era governador, de calotes em diversas secretarias do governo, uma delas a Secom. O Colunaço recebeu mais uma. Segundo a informação, a Secom estaria dispensando colaboradores, que estão com dois meses de salários atrasados, sem qualquer perspectiva de pagamento do que está atrasado. São colaboradores que seriam de uma antiga agência de comunicação e que foram absorvidos por uma produtora, mas nunca assinaram contrato, e agora foram demitidos sem sequer receber salários.

Mudança?

Já que o assunto é esse, vamos falar de pobreza. Pra variar? Não. Isso não tem variação seja quem for o governador. Há décadas, o Maranhão sofre com a miséria e, mesmo após 8 anos de governo Dino, aquele que prometeu tirar o estado da pobreza, o Maranhão segue com a pior renda domiciliar por pessoa do Brasil. Os dados são oficiais, divulgados na última quarta-feira pelo IBGE e mostram que na terra de Dino e Sarney uma pessoa têm renda média de apenas 28% do que uma pessoa do Distrito Federal. O resultado maranhense é o pior do país; o do DF, o melhor. Comparada com a média brasileira, a renda per capita do maranhense é menos da metade do que o resto do país. Ahhh, mas houve uma mudança. Em 2022, a renda do maranhense era de R$ 814,00 e foi para R$ 945,00 em 2023, ainda assim é a única abaixo dos mil reais entre todos os estados.

Após 8 anos de Dino e Brandão, MA continua na miséria

Faz o “L” ou faz “arminha”?

Da série verdades que incomodam: o governo Lula negligenciou os avisos de um surto de dengue, não reforçou a profilaxia, nem comprou vacinas suficientes. Agora temos 1 milhão de casos de dengue no Brasil. Acho que já vi essa história, só que com outro personagem e com outra doença.

Dengue não é Covid, mas…

Pra encerrar

O Colunaço resgata uma imagem de 2015, na posse de Flavio Dino como governador. Na praça D. Pedro II, um incauto cidadão, tomado pelo sentimento de esperança, acreditava que haveria uma mudança tão grande no estado, que até mesmo a relação existente entre o governo e uma emissora de TV pertencente à família da ex-governadora seria diferente. Ledo engano. O governo Dino chegou a pagar para a TV Mirante até mais do que a própria sócia e ex-governadora pagava.

2015 – Ilusão de uma eleição

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