É o novo!
O deputado estadual Wellington do Curso ganhou abrigo partidário para disputar a eleição de prefeito na capital em 2024, 8 anos após sair das urnas com mais de 100 mil votos em 2016. Naquele ano, Wellington era o novo. Será que do Curso é capaz de repetir o feito eleitoral em 2024 ja não tão novo, mas sob as asas do partido Novo? Como será daqui em diante o comportamento em relação a Eduardo Braide, a quem Wellington apoiou e votou em 2020? Será capaz de desequilibrar o pleito?
Enquanto isso…
O deputado Dr. Yglésio vive situação mais complicada. Desejoso por disputar de novo a Prefeitura da Capital, o Dr., ainda em “litígio” com o PSB, também andou paquerando o Novo. Convertido ao bolsonarismo, Yglésio ainda pode sonhar com algum movimento de cima pra baixo, talvez uma articulação do próprio Jair Bolsonaro para garantir legenda. Será que o Messias consegue operar esse milagre? Já que não tem moral nem dentro do seu próprio partido, o PL.
Aliás…
O partido de Bolsonaro vai apoiar o candidato de Flávio Dino em São Luís. Como o destino é debochado, hein? Mas isso não é lá tão novo assim. Em 2020, disputando a eleição pelo Republicanos, Duarte Jr. encheu a boca pra dizer: “eu sou do partido da base do governo Bolsonaro”. Bom mesmo vai ser ver tudo junto e misturado na campanha de Duarte o PT de Lula e o PL de Bolsonaro. Será que vai ter vídeo de Lula e Bolsonaro pedindo voto pra o pupilo de Dino?
Cara de pau
Bom ressaltar que a turma de Dino gosta de fazer o jogo “nós contra eles” quando isto lhes serve. Em diversas ocasiões, inclusive na campanha eleitoral de 2022, classificaram adversários como “bolsonatistas”, mesmo que isso fosse algo, do ponto de vista racional e objetivo, completamente infundado. No entanto, enfiam a língua no seu próprio orifício redondo corrugado quando, objetivamente, são eles os bolsonaristas de ocasião. Aí, o discurso muda e juntar PT e PL, Direita e Esquerda, bandidos e vagabundos da política flagrados em operações da PF para disputar junto a eleição vira “frente ampla” ou “força total” ou algo que o valha. Ah, e tem que complementar com uma frase do tipo “para vencer o atraso”. Vai vendo.
Uma vez político…
Parece que Flávio Dino saiu da política, mas a política ainda não saiu dele. A coluna tratou aqui do caso da indicação do novo conselheiro do TCE do Maranhão, cujo trâmite na Assembleia Legislativa foi alvo de contestação pelo partido Solidariedade no STF. Coincidentemente, caiu no colo de Dino. Como o governador Carlos Brandão está atuando para eleger seu próprio advogado para a vaga no TCE, a posição de Dino serviu para atrapalhar os planos do governador.
…sempre político
O revés da decisão de Dino foi na articulação política de seu pupilo Duarte Jr., que tentava angariar o apoio do MDB para sua campanha. Acontece que o partido anunciou, através da direção nacional da legenda, o apoio à reeleição de Eduardo Braide. O MDB tem o comando estadual nas mãos do irmão do governador. Agora, o dileto leitor pode pegar as peças e montar o quebra-cabeças. A história ainda não chegou ao fim, mas uma coisa é certa: o movimento de Flávio Dino pode ter sido encarado como uma afronta ao governador Brandão, que estava fazendo mobilizações em prol de Duarte.
Suspeito
Um advogado do Distrito Federal ingressou com pedido de suspeição do ministro do STF, Flávio Dino, para os julgamentos do 08 de janeiro. Ezequiel Silveira argumenta que Dino já teria atuado no processo que pedia a prisão contra os suspeitos como parte interessada, afinal era ele o Ministro da Justiça do governo Lula na época.
Perdeu!
E o governador Carlos Brandão que tentou “desviar” uma parte do dinheiro do Fundef para uma conta específica ligada ao seu gabinete. Rapá, de R$ 1,7 bilhão, Brandão queria R$ 920 milhões pra torrar em outras coisas que não fossem ligadas à educação, para a qual se destinam exclusivamente os recursos do Fundo. O governador foi até o STF na tentativa de desviar o destino do dinheiro, mas a Suprema Corte, lá onde uma das cadeiras é ocupada por Flávio Dino, disse “não”. O dinheiro, portanto, não pode sofrer o desvio de função que Brandão queria. Inclusive, 60% dos recursos devem ser usados para repor perdas salariais dos professores. Já pensou se os professores ficam sem essa grana?
Ousado
Quem comemorou a derrota de Brandão no STF foi o deputado estadual Fernando Braide. Com um posicionamento de independência na Assembleia Legislativa, Fernando é um dos poucos deputados que não aceita cabresto do governador, apesar de procurar manter relação amistosa, equilibrada e diplomática. No entanto, ressalte-se: em diversas matérias de interesse do governo, o deputado tem votado de modo divergente dos colegas. Enquanto, por exemplo, a maioria esmagadora votou por aumentar taxas e impostos, Fernando votou contra. Nos últimos dias, o irmão mais novo do prefeito de São Luís foi visto, inclusive, ao lado de deputados que há algum tempo ensaiam formar um bloco de oposição. Diga-se, em tempo, necessário. Bora ficar de olho. Ousado o rapaz já mostrou que é.
Hipocrisia
Pessoal, quem lembra da promessa feita por Lula, durante a campanha em 2022, de isentar do Imposto de Renda quem ganha até 5 mil reais? Pois é. O projeto pra isso acontecer poderia ter sido colocado em votação. Sabe quem fez o pedido na Câmara? O deputado Kim Kataguiri, aquele carinha mala lá no MBL, metido a liberal. Isso mesmo. Como o destino é debochado. Mas, pera, que ainda não acabou. Sabe quem votou contra? O PT, a Tábata, o Boulos, a galera da esquerda. Parece que a promessa era de mentirinha. Faz o “L” aí.
Lascou
O Colunaço quer saber: a quem deve reclamar o consumidor que se sentir prejudicado após comprar um livro na Feira do Livro promovida pelo Procon-MA? Esse é o tipo de situação vexaminosa a que submetem o órgão de defesa do consumidor no Maranhão. Órgão que deveria se ater a cumprir sua função de atuar em defesa do cidadão nas relações de consumo, mas se coloca ele próprio como agente partícipe dessa relação. Como atuaria o Procon caso algum consumidor sinta-se lesado ao comprar um livro vendido pelo… ….Procon? Ou seja, se o órgão se coloca na posição de fiscalizado, quem o fiscalizará?