Há pouco mais de um mês, empresário foi assassinado após reunião com vereador, secretário de estado e o assassino
Após a morte de João Bosco Sobrinho, todos os envolvidos continuam em liberdade, sem serem incomodados pela polícia e pela Justiça.
O vereador Beto Castro segue participando de atos de campanha de Carlos Brandão e Flávio Dino; Daniel Brandão, com uma vida normal, ainda na secretaria, indo à missa e a restaurantes com a família;
O assassino, solto por um Habeas Corpus, passou os últimos dias junto da família e até em um sítio, longe dos olhos da imprensa, curtindo a natureza, fazendo churrasco e também faturando dinheiro do governo através do jornal do qual é sócio.
Enquanto todos eles gozam de vida e liberdade, no último dia 19 de setembro, a família de Bosco, ainda enlutada, fez missa de um mês da morte do empresário, pai de 6 filhos, avô de 1 neto, e encheu as redes sociais de pedidos de justiça.
O caso
João Bosco foi levado para uma reunião que terminou em sua morte no dia 19 de agosto pelo amigo vereador Beto Castro. O assassino, Gilbson Cutrim, foi chamado para a reunião pelo seu amigo Daniel Itapary Brandão.
Os 4 se encontraram na lanchonete Tapioca da Ilha, no edifício Tech Office, para tratar a respeito de um pagamento, liberado de forma irregular pela secretaria de Educação do governo, que geraria uma propina inicialmente de 30%.
Houve um desentendimento entre as partes porque o vereador Beto Castro aumentou a pedida de comissão para 50%. Pressionado por Bosco, Gilbson teria se sentido ameaçado e atirou contra o servidor da Seduc.
Daniel Brandão estava há alguns metros de distância do local exato onde Bosco foi executado e não aparece na imagem da câmera que registrou os tiros. Mas aparece nas imagens de outras câmeras de segurança do local, que foram omitidas pela polícia.
Até o momento, o governo não se manifestou sobre a presença do secretário no local, nem sobre o pagamento irregular da Seduc, que gerou o pedido de propina.
Até o momento o próprio secretário não respondeu aos pedidos de posicionamento da imprensa. E a polícia mantém silêncio sobre o caso desde que se descobriu o envolvimento de uma secretaria de estado e de um secretário do governo.